"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

31 de dezembro

O 31 de dezembro era um dia muito especial em Poções. Mais que a passagem do ano, o dia da confraternização na festa do Clube Social. Um corre-corre para se arranjar o paletó que coubesse na medida para usar como traje da festa – só era permitida a entrada da pessoa trajando paletó e gravata. O nó da gravata, uma preocupação a mais. Em épocas mais recentes, mais maleáveis, se permitia o uso de camisa cacharrel com paletó – última moda.

O réveillon era muito concorrido e tinha a participação de famílias inteiras distribuídas pelas mesas numeradas, reservadas ou vendidas com bastante antecedência. Essa coisa de ceia nas casas era apenas para aquelas famílias que não frequentavam as festas do clube de forma alguma. A grande maioria estava presente na festa desde as vinte e duas horas.
Meia noite em ponto, a banda anunciava a passagem do ano e todos se cumprimentavam, ficando uma metade da hora só para isso. Eram cumprimentos respeitosos, sinceros e tradicionais. Naturalmente, a gente atrasava o convite da dança para poder cumprimentar um amigo ou uma família inteira – dançar era secundário.

Depois dos cumprimentos, sempre rolava uma galinha assada que as pessoas levavam e colocavam sobre as mesas, enroladas em papel celofane vermelho. Uma ação natural - era permitida e de bom costume. O bar do clube apenas fornecia bebidas, mas não impedia que o seu associado levasse para a mesa a garrafa (ou as garrafas) de uísque NatuNobilis, Passport, Old Eight ou Bell´s, os mais comuns, e aquela velha Sidra Cereser. Cerveja e refrigerantes complementavam as variedades de bebidas.
Um grande festa que rolava até o amanhecer do dia. Geralmente, via de regra, o réveillon não tinha as famosas brigas do clube devido ao espírito de paz que a própria festa trazia.

No dia seguinte, era famoso o almoço das famílias. Um encontro para saudar o novo ano e reunir aqueles que não estavam na festa.
Um grande abraço e Feliz 2013 com ares dos anos 70.

 
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domingo, 30 de dezembro de 2012

Mutá - Um paraíso perdido

Aqui bem pertinho, do outro lado da Ilha de Itaparica. Passou a ponte, virou a direita - é Mutá, município de Jaguaribe - Ba.

De férias, dei um pulinho de dois dias nesse paraíso (ainda não tão descoberto).

Praia de Mutá


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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Roberto Dantas, o Doutor

Na semana passada, eu andei pelo bairro do Tororó, aqui em Salvador, e me lembrei de uma época em que morei na rua Marujos do Brasil, Ed. Custódio de Melo, ap. 101, entre 1975 e 1978. A rua fica entre a José Duarte e a estação da Lapa, que ainda não existia naquela época.

Naquele apartamento de quarto e sala moravam, também, os irmãos e primos da família Sola (Miguel e Pinuccio), Michele, meu irmão, e Roberto Dantas, que é irmão de Jorge Bufão.
Cada um tinha sua tarefa na limpeza e na cozinha, naquele pequeno fogareiro de duas bocas e na bancada da pia de menos de um metro. Éramos conhecidos internamente na "república" pelos apelidos que Roberto colocava na gente. Michele era conhecido como “O Mestre” porque era professor e colecionava garrafas de cachaça de marcas diversas. Miguel, trabalhava no pólo petroquímico e acordava de madrugada para pegar o ônibus na Av. Joana Angélica, era o Peão”. Pinuccio, que já era conhecido como Sola, tinha o apelido de “Solista”.
Lulu e Roberto Silva Dantas
Roberto Dantas, era formado em Farmácia e Bioquímica, estudava Medicina e nós colocamos o apelido de “Doutor”. O engraçado é que quando faltavam adjetivos ele nos chamava de “bicho arrombado”, como forma de expressar qualquer falta de qualidade.
Assim, convivemos esses anos todos até que cada um tomou o seu rumo. Ficaram boas lembranças dessa época e bons ensinamentos. Não tenho dúvida que as conversas que tive com Roberto me ajudaram bastante na percepção de coisas profissionais e até mesmo pessoais. Na foto, um momento de descontração em festa no Clube Social de Poções.

Ainda continuamos a nos tratar pelos apelidos.

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Fotos inéditas 12 - Cadete, o Cardeal e o Bispo

Cadete, Dom Avelar e Dom Climério (Foto arquivo pessoal)
 
Revendo alguns arquivos, achei a foto do Cardeal Avelar Brandão Vilela (1912/1986), Arcebispo Primaz, celebrando uma missa campal na Festa do Divino, em Poções, acompanhado do Bispo Dom Climério Almeida de Andrade (1924/1981), Bispo Diocesano de Vitória da Conquista. Dom Avelar era irmão do Senador Teotônio Vilela.

Ao lado, segurando o microfone, o famoso fotógrafo Antonio Francisco da Costa Neto, Cadete (1933/), do Foto Cadete, de Vitória da Conquista. Nessa época, ele andava em Poções com um potente carro de som.

(por comparação com outras imagens do arquivo, estimo que a foto acima tenha sido feita em 1978, ano que se comemorou o Centenário da Paróquia do Divino Espirito Santo)


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O novo Flamengo

Vem aí o novo Flamengo para 2013. Espero mais alegrias na nova temporada.

Numa dessas saídas fotográficas na Marina de Aratu, no Centro Industrial, aqui em Simões Filho-Ba, encontrei essa seleção na trave de um pequeno campo de futebol.

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Dóminus Vobíscum

As missas tridentinas estão voltando. O bispo da Diocese de Rio Preto –SP autorizou esse tipo de missa atendendo ao pedido de um grupo de fiéis tradicionalistas da cidade. Missa tridentina é a missa celebrada em latim.

Algumas poucas vezes ajudei na celebração da missa em latim na Igreja de Poções. O padre Honorato rezava de costas para os fiéis. Minha função era levar os guias de um lado para o outro do altar para que o padre pudesse fazer as leituras. O fato de ser em latim, significava que muitos fiéis não entendiam as orações, aliada a baixa participação. Como ele falava baixo, dava para ouvir algumas poucas sílabas das palavras. De longe, eu acompanhava a leitura dos guias para saber a hora e o que responder.
A prática (sermão) era em português - a melhor parte da missa. Todos entendiam os ataques às diversas estruturas da cidade. Mas, com grande esforço, Honorato conseguiu fazer a transição do altar-mor para o altar de madeira, voltado para os fiéis. Nessa época, comprou-se o sistema de alto-falantes para que todos pudessem ouví-lo.

Eu fiquei com algumas frases gravadas e até hoje me lembro quando, no final da missa, o padre, voltado para os paroquianos, rezava:
Padre: - Dóminus Vobíscum (O Senhor esteja convosco)
Fiéis: Et cum Spíritum tuo (Ele está no meio de nós)

Padre: Benedícat vos omnipotens Deus, Pater, et Fílius, et Spíritus Sanctus (Abençoe-vos Deus todo poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo)
Fiéis: Amém
Padre: Ite, Missa est (ide em paz e o Senhor vos acompanhe)
Fiéis: Déo Gratias (Graças a Deus)
Ele beijava o altar e a gente seguia para a Sacristia.

 
       

domingo, 23 de dezembro de 2012

PEO

Quando se escreve um email nos dias de hoje, pouco se imagina como as coisas funcionavam antigamente.

Bastava a notícia correr que alguém ia viajar para Salvador e as cartas começavam a chegar. Na verdade, quando se reservava uma passagem de ônibus, as pessoas já ficavam sabendo. Passavam em Netário (agente da Camurugipe) e procuravam pela informação da data da viagem. Podiam escolher o portador mais confiável ou aquele que morava mais próximo do destinatário.
Além das cartas, as pessoas não se acanhavam em mandar um pacotinho contendo doces, frutas ou carne. Para não dar trabalho, levavam a caixa até a agencia e já colocavam no bagageiro do ônibus. Agradeciam pela tarefa e tchau. Quem optava por viajar sem bagagens, recebia o “pacote” sem aviso prévio.

Agora era respirar e cuidar da encomenda,  carregar da rodoviária até a casa e depois entregar no domicílio indicado. Estava escrito na caixa o endereço completo do cidadão – lógico, que era para o portador não errar a porta.

Se soubessem que a viagem era de “carro próprio”, aí a estratégia era outra. A pessoa entregava dois pacotes e dizia: Se o carro tiver cheio, basta levar um. Meu tio Luiz Sarno era mestre nessa arte. Tinha em casa um depósito com várias caixas vazias e de diversos tamanhos. Bastava achar uma “presa” para escolher o tamanho da caixa.

Mas, as cartas sempre foram as preferidas das pessoas. Traziam dinheiro e todo tipo de mensagem, cartões, cheques, etc. Normalmente eram lacradas e com o nome e endereço. Como forma de agradecer e identificar o portador, os pacotes e as cartas vinham grafadas com a frase “PEO de fulano”.

PEO era as iniciais de Por Especial Obséquio.


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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Duzentas postagens

Neste Natal, estou comemorando 200 postagens no blog. Foram postagens diversas, histórias alegres, notícias tristes, resgaste de pessoas, fotografias novas, antigas e inéditas, enfim, aquilo que meus amigos dizem que só eu tive coragem de fazer, de escrever, de lembrar e por fazer ainda.

Tenho certeza que o desfecho da história de Elpídio foi a postagem que me deu a maior alegria. Não esperava aquele final feliz.
Foram mensagens diversas, comentários de que eu estou velho na foto e porque não escrevo todos os dias – Fico chateado quando entro no seu blog e ele não tem postagem nova, disse Sérgio Libonati nesse final de semana. Me defendo que não tenho mais tantas lembranças para escrever crônicas todos os dias – tenho que trabalhar e isso aqui é hobby.

Então, eu sigo com o blog enquanto dizem que é charme ter um – Você já leu o blog de Sangiovanni? Ele tem um blog, acesse pra ver, diz o meu colega de trabalho Ademir Ribeiro (filho de uma mãe, todo dia fala mal do meu Poções, que nem existe mais).
Lá, do Bacural de Brotas, Domingos Schettini traz as notícias de Siri Caçola – mandou um abraço pra você e que tem lido o seu blog.

Meu incentivador, comentarista fiel, leitor assíduo, Eduardo Sarno, em off, faz as correções de alguns termos inseridos nos textos. Enquanto isso, Libonati comenta que não consegue inserir um comentário, mas que adora ler as crônicas e diz – que cabeça essa sua, como você lembra de coisas.
De Vitória do Espirito Santo, Salvador Vaz  manda comentários molhados pelas lágrimas de saudades da terrinha. De Goiás, vem o outro balde de lágrimas de Nilton Porquinho.

Os fiéis colaboradores: Bruno, meu sobrinho, e Jorge Bufão me mantêm informados dos últimos acontecimentos e ajudam no obtuário. Zé Carlos Leto tá ligado e fica me convidando para o Facebook – calma aí Zé, não tenho tempo para tantas coisas. Vinicius Dantas sempre com um apoio moral. Nossa vereadora Zezel some, mas sempre aparece com seus pertinentes comentários.
Enquanto as postagens foram para o ar, a vida passou. Pessoas queridas passaram para outro patamar – um susto de vez em quando. São notícias que não gostaria de dar, mas trata-se de uma obrigação para o conterrâneo que está longe da cidade.

Agradeço a todos que não mencionei aqui, mas sintam-se representados por aqueles citados acima. Se não escrevi, tenha a certeza que não esqueci de ninguém. Vocês são os meus maiores incentivadores.
Sinto-me alegre e recompensado em poder contar aqui uma lembrança. De forma alegre, deixar uma pequena contribuição na memória dos meus amigos e da cidade – um presente desembrulhado, diria.

Feliz Natal, Boas Festas e que 2013 seja um ano de abundantes realizações e muito mais crônicas.
Grande abraço e muito obrigado pela companhia e apoio!!!

 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O Almoço dos afilhados

O almoço dos afilhados, ontem, na casa do padrinho Antonio Rocco Libonati foi maravilhoso. Muita lembrança dos tempos de Poções, histórias de Mormanno e até mesmo a promessa de uma ida à próxima Festa do Divino - por enquanto uma van, mas pode se transformar em um micro-ônibus.

Além dos meus, estavam todos da família Libonati. Acompanhando Marcelo, o outro afilhado homenageado, esteve o pai Vincenzo Sarno com a sua família.

A todos que estavam presentes, os nossos sinceros agradecimentos por proporcionarem esse dia belíssimo e de saudável companhia.

O brinde comemorativo
 

Os primos italianos Vincenzo e Libonati disputam a sopressatta

O padrinho e seus dois afilhados

Mais uma vez, bom Natal e que 2013 possa nos trazer domingos ainda mais alegres.


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domingo, 16 de dezembro de 2012

Benção, Padrinho!!!

Tem um amigo que tá doido para ser o meu padrinho na maçonaria. Não me disse, mas eu sei que vão revistar toda a minha vida para saberem se sou digno de ser maçom, de assinar e fazer três pontinhos. Então, sou quase maçom - já pingo dois pontos na minha rubrica.

Não vou aceitar. Tive a oportunidade de estudar o primário na escola União das Classes, que era inserida na Maçonaria de Poções, e tinha aquelas histórias do bode preto, que assustava todo mundo. Só fui uma vez na sala das reuniões do lugar quando Bruno Sola se casou e a festa foi ali.
 “Deixe para lá, para não complicar” como diz o sergipano - o assunto, na verdade, não é maçonaria.

Semana passada, tomando umas com meus cunhados, firmamos o papo nessa conversa do significado de ser padrinho. Eles insistiam no argumento que é aquele que deve substituir o pai na eventual falta deste. O dicionário popular, na internet, diz que ser padrinho significa fazer o afilhado trilhar por caminhos que o levem a Jesus.
Deu nó na cabeça, mas acho que não foi com esse propósito religioso que meu irmão e meus cunhados me escolheram para padrinho dos seus filhos. Acho que eles decidiram pela opção da substituição do pai e foi a tônica da discussão. Na  verdade, sou padrinho de Marcelo, filho de Pepone – de Léo, filho de André, e Monnaliza, filha de Ricardo (meus cunhados)  devido a íntima convivência com eles enquanto os afilhados se criavam nas barrigas - já nasceram afilhados, portanto. Bom, decisões e barrigas à parte, todos os três afilhados me chamam de “meu dindo”, o que também me faz olhar com distinção especial.

E, assim, todas as vezes que olhei para os meus padrinhos, eu senti essa diferença. Meu pai escolheu  Terezinha Sarno (Tereza de Valentim). Ela morava no Rio de Janeiro e tivemos pouquíssimas oportunidade de relacionamento. Depois que ela faleceu, elegi a prima Ada Sarno para ser a minha madrinha. Falei dessa ocorrência para o Padre José Hamilton e ele achou adequado fazer uma consagração a São José. Vejo Ada como uma pessoa especial e uma troca de carinho diferente das outras primas.
              Antonio Rocco Libonati
Para padrinho, meu pai escolheu o patrício italiano Antonio Libonati devido ao relacionamento que tinham quando este ainda era rapazote na pequena Mormanno, na Itália. Voltou a morar um tempo em Poções, quando se formou e exerceu a medicina em um consultório na praça onde tem o Coreto. Depois, ao visitar a cidade, já com os filhos Sérgio e Paulinho, trazia entre tantos presentes, aqueles que ficaram na minha memória – um pequeno avião de guerra, de montar, da Revell. O outro foi um joguinho de gudes chamado Bolibox. Sem contar, também, o dia em que um tijolo caiu no dedão do meu pé. Libonati tinha chegado naquele dia e fez uma incisão para drenar o sangue sob a unha.
Na condição de afilhado, nunca tive dúvidas dessa relação e dos cuidados recebidos. Mas, o aprendizado maior foi a relação dele com meu pai, o que me dava a certeza da escolha. Os olhos de Libonati sempre brilharam (e brilham até hoje) quando o assunto é essa relação afetiva trazida da Itália.

Pois é, dando sequencia a essa relação de padrinho e afilhado, estou tendo o prazer de ir almoçar com ele no dia de hoje, retribuindo toda essa atenção junto ao seu outro afilhado Marcelo, filho de Vincenzo (irmão de Fidelão), escolha que também foi fruto de uma amizade consolidada entre primos italianos, de igual convivência na pequena Mormanno.
Nada mais justo que comemorarmos o encontro “assaggiando un picolo pezzo di sopressatta” (tradução: saboreando um pequeno pedaço de sopressata ) com um salame caseiro que trouxe de Mormanno e guardado até hoje, na geladeira, a sete chaves.

- Benção, Padrinho!!!

 
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domingo, 9 de dezembro de 2012

Oitentões (tão) da gente...

Nessa última semana, mais dois poçoenses queridos completaram oitenta anos.


Ada Maria Sarno de Santana, minha querida madrinha, filha de Corinto e Annina Sarno entrou para o rol daqueles oitentões sarados, disposta a enfrentar qualquer parada. Outro dia, quando a encontrei, trazia sob o braço um monte de fotos da sua última viagem ao Egito. Em vez de reclamar, vangloriava-se do prazer de ter andado à pé uma boa parte da viagem. Que disposição. Parabéns minha dinda querida.


O outro coroa que completou a idade foi Valmir Fagundes Santos, meu sogro, um poçoense de qualidade, filho do inesquecível Vei Nenen (Mem Fernandes Santos Freitas) e Maria das Dores Fagundes Santos. De quebra, comemorou cinquenta e cinco anos de casamento com a minha querida sogra Iraildes. Taí, casaram-se na Igrejinha de Poções e estão com cara que ainda vão comemorar um tanto de dezenas de anos.

Meus parabéns a esses 215 anos de comemorações.

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Relembrando Vitinho e Zelinho

Já anunciei que estava fazendo um curso de fotografia e nada mais justo que publicar os resultados. Como temos saídas fotográficas todas as semanas, vou passar a publicar a melhor foto da semana. Se não conseguir fazer uma foto boa (que é difícil), publicarei de saídas anteriores.

Hoje eu publicarei duas. Uma feita na cidade de São Félix do Paraguaçu, que retrata a famosa ponte entre essa cidade e a vizinha Cachoeira. A segunda foto, foi feita em Maragojipe, quando as mulheres comandadas por dona Cadu queimam as cerâmicas feitas na beira do rio. Além de lazer, cultura.

Se você ficou com vontade, veja a terceira foto, onde estão as informações para se matricular e me fazer companhia. Você vai gostar da galera e aprender as técnicas para excelentes fotos. Será a oportunidade de aperfeiçoar as técnicas dos nossos fotógrafos Zelinho Fagundes, Vitinho e Giovanni Borba (pai e filho).

 Reflexo da ponte

 
Cerâmicas de Maragojipe
 
 
Convite da Câmara Solar


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Grande Feira de Livros - Graúna

Livro usado de R$ 5,00 cada. Essa é a oferta na grande feira de livros que a Graúna está realizando aqui em Salvador.

A empresa pertence ao poçoense Eduardo Sarno e quando completou 25 anos publiquei aqui no blog um breve histórico da Graúna

Além da Feira, também há a possibilidade do acesso virtual www.graunalivros.com.br

O Blog deseja sucesso e apoia esse evento cultural. Então, aproveite a oportunidade:

 
 
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domingo, 2 de dezembro de 2012

Domenica Sangiovanni (Miminna)

Miminna Sangiovanni - 1990
 
Na tarde de ontem, em Mormanno, Itália, faleceu a minha tia Miminna. Era irmã do meu pai Chico Sangiovanni, e estava com 102 anos de idade.

Fazia parte de uma família de cinco irmãos: Miminna e Luigi eram os mais velhos, nunca deixaram a Itália. Vincenzo, Aninna e Amedeo (Chico) vieram para o Brasil e se radicaram, respectivamente, em Porto Alegre-Rs e Poções-Ba. Então, a família Sangiovanni cresceu e se multiplicou nesses lugares. Deixa duas filhas – Maria e Agatina e vários netos – As duas filhas já estiveram aqui no Brasil e visitaram Poções.
Minha tia era uma espécie de porto seguro e foi a grande responsável por manter essa ponte entre Mormanno e Poções.

Em maio passado, estivemos juntos na pequena cidade italiana e já apresentava sinais de cansaço pela idade avançada. Pude abraça-la e comentamos entre os outros primos que poderia ser uma despedida final.

Fiz a fotografia da placa de homenagem prestada na comemoração do aniversário de 100 anos, em 2010, pela prefeitura de Mormanno e diz:
“Parabéns pelo seu centenário. Que a sua figura possa servir de referência para as gerações futuras”  

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terça-feira, 20 de novembro de 2012

A festa dos primos - Família Sarno

A edição do almoço da familia Sarno – ano 2012, aconteceu no último domingo, 18, na tradicional Casa D´Itália, aqui em Salvador. Mais de uma centena dos descendentes da família esteve presente e contou ainda com os primos das famílias Espinheira, Orrico, Sangiovanni e Libonati.

Um dia agradável, onde todos puderam confraternizar e reencontrar parentes que não viam há tempos.
A festa, muito animada, é sempre aberta com um breve discurso de Fidélis Sarno, o primogênito mais velho da família, seguida de um roteiro variável de assuntos relacionados ao âmbito familiar.

José Fidélis relatou a sua viagem a Mormanno, em maio desse ano, com a apresentação de fotografias dos parentes italianos. Elisa Sangiovanni Lima fez uma bela homenagem aos primos italianos, lembrando a série de terremotos que abalou a pequena cidade.

Os livros de Pedro Sarno e Ruy Espinheira Filho foram lançados oficialmente na família com direito a autógrafos e dedicatórias.

No final, apresentou-se um jogo de família que mostra fotos antigas e cada pessoa tem como objetivo reconhecer os parentes.
Tivemos como surpresas nesse ano as presenças dos irmãos Ruy e Antonio Celso, ausentes em outras edições.

Enfim, realizou-se um evento de mais de 30 anos de tradição. Anteriormente, era realizado na residência de Francisco e Vera Sarno, no casarão do Canela. Com o crescimento da família, o mesmo foi transferido para a Casa D´Itália há 10 anos. É organizado por uma comissão sob o comando de Aurora Sarno. 

Os primos Luizito e Noemia Sarno
 
Os primos José Fidélis e Pepone
 
Os primos Amarílio Mattos, Lulu e Antônio Celso
 
Fidélis Sarno (Fidélis do Arroz)
 
Lulu, Ângelo Garrido, Sérgio Libonati, Eduardo Sarno, Antonio Libonati e Marcos
 
Antonio Libonati entre os primos escritores Ruy Espinheira Filho e Pedro Sarno
 
Os primos Ruy Alberto e Eduardo Sarno
 
.As fotos foram feitas pelos primos Eduardo Sarno e Lulu.


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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

As uvas, onde estão as uvas?

Lançado na noite desta segunda-feira o livro "As uvas, onde estão as uvas?" do poçoense Pedro Sarno. O lançamento foi na Reitoria da UFBA, aqui em Salvador, reunindo dezenas de amigos e familiares do escritor.
 
           Pedro autografa livro para o primo Fidélis Sarno

O livro traz crônicas diversas e fala de Poções quando narra passagens dos tios Luis Sarno, Chico Sangiovanni e Corinto Sarno, seu pai.

Parabéns ao primo escritor e o sincero agradecimento por inserir no livro a crônica O Comendador Corinto Sarno, de minha autoria.  Leia a crônica no blog


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terça-feira, 6 de novembro de 2012

O terremoto em Mormanno

No dia 26 de outubro, a população da nossa pequena Mormanno, na Itália, foi acordada com um terremoto de 5,3 na escala Richter. Essa magnitude é considerada média, mas causa um bom estrago em construções antigas, como é a maioria da cidade. O epicentro foi  bem próximo a ela.

 
Fotos arquivo pessoal (maio 2012)
 
Terremoto na Itália não é novidade. São milhares ao ano, sempre de baixas magnitudes – apenas registrados e não se sente.

Ficamos preocupados com os nossos parentes, que tiveram de abandonar as suas casas e ainda estão acomodados em casas de familiares. A preocupação maior foi com a nossa tia Mimina, irmã de meu pai, com 102 anos de idade – está bem.

Atualmente, moram em Mormanno os parentes da família Sangiovanni (do meu pai), Caputo (da minha mãe), da família Sola e alguns amigos. Dentro da medida do possível, as notícias que recebemos diariamente dão conta que todos estão bem, mas ainda assustados e abalados com o tremor e os estragos na cidade.

Leia mais sobre Mormanno no blog.

(com informações de Elisa Sangiovanni Lima e Sérgio Oliveira Libonati)


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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vereadora Zezel Leite fala do programa do Gugu

Na sua página do Facebook, a vereadora eleita Zezel Leite comenta sobre o programa do Gugu, rodado em Poções e apresentado em rede nacional na tarde de ontem.

"Hoje, enquanto rolava o programa de Gugu, recebi várias ligações e conversei com um tanto de gente aqui. Alguns felizes por ver Poções em rede nacional, mas a maioria indignada de como a mídia pode ser sacana (pra usar uma palavra mais doce...). Mostraram uma cidade miserável, feia, com pessoas alucinadas pela presença de uma estrela da TV... Não mostraram uma única imagem das igrejas, do centro, do pôr-do-sol, nada que embeleze nossa cidade. Triste. Nós já somos tão discriminados pelas pessoas que moram no Sul/Sudeste! Uma matéria dessas, que deve ter durado cerca de 2 horas, só vem reforçar essa ideia errada que fazem de nós. Infelizmente, é usando os problemas dos outros, expondo a intimidade de uma família que atravessa um momento ruim, que não teve sorte na cidade grande, que eles conseguem audiência.

Copiei um poema de Mario Lago, publicado por Ricardo Lima, um menino que nasceu em Poções e que é um dos poçoenses que está fora daqui para fazer o doutorado dele. É... Poções tem doutor, tem doutorandos, tem músicos, tem pintores, tem poetas, cineastas, tem beleza e tem poesia.
 
É essa Poções que eu quero ver na TV"
 
 
Três coisas

Pra mim três coisas no mundo
Valem bem mais do que o resto.
Pra defender qualquer delas
Eu mostro o quanto que presto.
É o gesto, é o grito, é o passo,
É o grito, é o passo, é o gesto.

O gesto é a voz do proibido
Escrita sem deixar traço.
Chama, ordena, empurra, assusta.
Vai longe com pouco espaço.
É o passo, é o gesto, é o grito,
É o gesto, é o grito, é o passo.

O passo começa o vôo
Que vai do chão pro infinito.
Pra mim, que amo estrada aberta,
Quem prende o passo é maldito.
É o grito, é o passo, é o gesto,
É o passo, é o gesto, é o grito.

O grito explode o protesto
Se a boca não tem espaço
Que guarde o que há pra ser dito
No grito, no passo e gesto.
É o gesto, é o grito, é o passo,
É o passo, é o gesto, é o grito.


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domingo, 4 de novembro de 2012

Pedro Sarno lança seu segundo livro

PEDRO SARNO (Foto arquivo: Eduardo Sarno)

Depois da autobiografia "Foi tudo tão de repente", Pedro Sarno lança "AS UVAS, ONDE ESTÃO AS UVAS? um livro de crônicas.

A forma simples de escrever nos faz mergulhar nas histórias, ricas em detalhes, desse poçõense radicado em Salvador. Seu novo livro traz uma série de crônicas com temas gerais, política, religião, netos, pessoas amigas, etc.

(Divulgação)

O lançamento será na Reitoria da Universidade Federal da Bahia no próximo dia 12, às 18 horas. Você está convidado.


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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Lápides eternas


Algumas pessoas comentaram que o Blog está se tornando um grande obituário. Não tem jeito de ser diferente. Não posso deixar de informar quando os nossos amigos vão para o além. Por outro lado, recebo os comentários de pessoas que se habituaram a saber das notícias de Poções através dele. Vou, portanto, seguir na linha de comunicar esse tipo de notícia. Meus correspondentes em Poções são fiéis e me atualizam quando ocorre o fato.

Não ficam por menos as visitas ao cemitério de Poções. Ali, busco as informações para alinhar épocas e colocar no tempo certo as lembranças. Meu pai, mãe, tia, colegas do Ginásio, amigos e personalidades jazem ali  como se fosse numa rua de saudades. A história da cidade, apesar de enterrada, está presente naquele lugar.

Nas duas últimas visitas ao cemitério, fotografei  lápides que contém as informações de mais de 100 pessoas. Em cada lápide uma lembrança, uma saudade que aperta no peito e me leva a uma correlação da participação de quem eu conheci e como era inserido no cotidiano. Parece que todos eles estão guardando e vigiando a cidade.

Porém, nenhum deles morreu. Isso é bem forte nas inscrições.

“Ninguém morre enquanto permanece vivo no coração de alguém”
“O amor é mais forte que a morte”
“Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ruy Espinheira lança "A Casa dos nove pinheiros"

 
(Reprodução)
A imagem é familiar. Está na varanda da casa onde residiu a família do Dr. Ruy Espinheira. Hoje, é habitada pela família de Vicente Palladino, na Rua da Itália.

(arquivo pessoal)

Comentários de Carlos Barbosa
 
Ruy Espinheira Filho comemora seus 70 anos com um novo livro de poemas: A casa dos nove pinheiros. O livro reúne uma seleção de poemas escritos no período 2009-2012, e sai publicado pela editora Dobra, de São Paulo. O aniversário de Ruy será em dezembro, mas, esbanjando generosidade e invertendo a lógica, entrega aos amigos desde já (não haverá lançamento do livro) um presente que é uma celebração emocionada de uma vida bem vivida, na qual afirma crer "que sempre fui feliz, / inclusive nos momentos em que me sentia / e me dizia / infeliz."

A imagem da capa mostra dois pinheiros maiores seguidos por sete outros, "nove pinheiros enfileirados / em curva suave, / do maior ao menorzinho, / representando / o pai, / a mãe, / os sete filhos / que ali moravam." Morava, essa família, em uma casa viva na memória do poeta e ainda de pé na cidade em que passou parte de sua infância, Poções. A foto da capa, recortada para destacar o detalhe dos nove pinheiros, foi feita pelo filho do Ruy, o jornalista Mário Espinheira.

O poema que dá título ao livro diz dessa presença eterna da casa a habitar o poeta, mesmo tendo nela vivido por meses e não por décadas. Talvez pela particularidade dos pinheiros cravados na parede da varanda e o claro propósito de caracterizar aquela morada como permanente, e que culminou se tornando provisória no plano físico e olímpica no emocional. "Os pinheiros continuarão a lembrar / pai, / mãe, / sete filhos, / mesmo quando não restar sequer um deles / para sentir certo tempo, / respirar a casa, // como eu agora, / com antiga alegria e um sabor / de lágrimas."

Ruy Espinheira Filho tem afinado sua lira ao ponto de alcançar a simplicidade dos poetas maiores. Os versos encadeiam-se naturalmente, e o leitor experimenta a delícia do poema como um voo sem ruídos e turbulências, prenhe de ritmo e densidades várias. E ao pousar, ao final do último verso, terá feito então um percurso de emoção e sabedoria, que se repetirá no poema seguinte até o último do livro. Até uma nova leitura.

Encerro este comentário com o quarto movimento do poema "Condição":

"Sim, novamente escrevendo.
Sem saber, como sempre, aonde estou indo,
se é que estou indo a algum lugar.

Às vezes me ocorre
que escrever é exatamente isto: ofício
de quem não sabe aonde ir.
E, como não sabe, tateia
na névoa
à espera de encontrar alguma coisa
que não só não sabe onde está
como não sabe o que é
e que talvez seja uma parte da alma que ficou perdida
na travessia
entre sombras ancestrais
e a vida."



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domingo, 28 de outubro de 2012

Teresa Sarno Costa

Teresa e seu marido Afonso Costa (foto de 2006)

Comunico o falecimento de TERESA SARNO COSTA, ocorrido na última sexta feira, aqui em Salvador. Ela era viúva de Afonso Costa e filha de Vicente Sarno e Aurelina Pithon Sarno.

Teresa era irmã de Fidélis Sarno, mais conhecido em Poções como Fidélis de Boa Nova ou Fidélis do Arroz.

Os meus sentimentos aos familiares.


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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Fotos inéditas 11 - (Octávio José Curvelo)

Uma foto despretensiosa, nada mais. Na porta da Casa Sarno, três diferentes figuras. Na esquerda, o advogado Fidélis Rocco Sarno quando morou em Poções, Octávio José Curvelo no centro, e o comerciante Chico Sangiovanni, meu pai.

No texto abaixo, escrito por José Onildo Marques, um breve histórico sobre a atuação do prefeito Octávio Curvelo, que governou Poções entre 1977 a 1982:

Foi quando ocorreram várias reformas administrativas, onde várias Secretarias foram criadas. Pavimentação e urbanização da Praça do Mercado, criando o Centro de Abastecimento. Pavimentação e urbanização parcial da Praça do Divino e de parte do canto do Riacho Espírito Santo, com cobertura. Pagamento em dia do funcionalismo público, ampliação da rede municipal de ensino e da malha rodoviária municipal”.

Lembro bem da presença do Sr. Octávio na loja. Essa cena da foto era uma pequena pausa para um café e um pouco de conversa. Todas as tardes rolava um café feito na “machinetta” italiana, aquecida em um fogareiro de resistência elétrica. Ele era um freguês assíduo do cafezinho. Quando não estava na fazenda, circulava pelos pontos de conversas políticas, administrativas e religiosas. Transitava muito bem nesse meio. Era um ferrenho comentarista das atividades dos prefeitos. Não deu outra, entre articulações, sucedeu a Pedro Alves Cunha no comando da nossa cidade, depois do segundo mandato deste.
Com Octávio prefeito, nascia uma nova liderança, seu filho Luiz Heraldo Duarte Curvelo – o escudeiro de todas as horas, coordenador da sua administração. Eurípedes Rocha Lima sucedeu a Octávio e deu sequencia a sua austera administração. Crescia a admiração e interesse do meio político pela candidatura de Heraldo. O destino pregou uma peça e tirou a sua vida em um acidente automobilístico quando voltava de Conquista, exatamente no dia em que efetuou o seu registro político. O substituiu como candidato Tonhe Gordo que, curiosamente, também perdeu a vida em um acidente próximo a Poções.


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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Varandas 03 - Cotidiano da cidade


Uma época de desenvolvimento comercial na cidade. De um lado, a chegada do Supermercado Superlar. Do outro lado, a loja Eletrosilva, uma das primeiras a comercializar eletrodomésticos.

Na primeira foto, um detalhe: junto a Rural amarela está Seu Doca (Florisvaldo Cruz Ramos) consertando o motor da mesma. Fuscas, Fiats 147, Rurais, Pick-ups e Caravans dominavam a cidade.


(Fotos: Álbuns de família)

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Varandas 2 - Procissão

Em dois momentos diferentes, pela nossa varanda, procissões da Festa do Divino.

Na foto em preto e branco, aparecem o Padre Honorato Nascimento à frente com os pajens e os anjos (as crianças), Cristobal Marques Lago (Badinho - de camisa branca), Dona Anina e o Sr. Olavo Lago. No segundo plano, Dona Odete Lago e José Carlos. À esquerda, de óculos escuros, Chico Sangiovanni. Mais ao fundo, os atiradores do TG-135.


A outra foto, a colorida, já no início dos anos 80, a procissão passa com expressiva participação.
(fotos: Arquivo Pessoal)
 
 
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Varandas 1

Certamente, a varanda da nossa casa permite uma visão privilegiada das coisas que acontecem na cidade. Com isso, posso dizer que a história de Poções passou e continua passando por ali.

Basta encostar na balaustrada por alguns instantes e logo passa alguém para dois dedos de prosa. Tenho uma seleção de fotografias que atestam a presença de pessoas, fatos, reuniões, procissões, desfiles, passeatas, carreatas e comemorações diversas.

Então, a partir de hoje, publicarei  essas fotos de momentos e pontos de vistas diferentes da nossa e de outras varandas da Rua da Itália.
Na foto, feita em 1964, um encontro da família, próximo ao almoço, como era comum e tradicional nos finais de semana. 

Lulu, Michele, Ana Maria (minha mãe), Bruno Sola, Elisa, Anina Sarno, Lina Sola e Miguel Sola
 
Sempre passava alguém com uma máquina fotográfica e registrava a cena. O detalhe do número 136 significa a nova numeração que substituia o antigo número 17, que alguém fez questão de anotar na própria foto.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Fotos inéditas 10 - (Giovanni Sola)

(Essa crônica foi inicialmente escrita e publicada no antigo site Terra do Divino, de propriedade de Léo Fagundes)


Com a vitória da Itália na Copa do Mundo, o pensamento se volta para o meu querido e saudoso Tio Giovanni.

Giovanni (E) ao lado do cunhado Chico Sangiovanni - foto arquivo pessoal
 
Contar as suas passagens e comparar o Brasil com a Itália era o seu forte. Todo mundo se empolgava com as alegres e emocionantes estórias. Bastava começar a falar para encher os olhos de lágrimas.

A Marcenaria Itália, onde funcionou a locadora de Bruno, seu filho, possuía duas portas. Uma, com janelas de vidro, e outra com uma divisória fixa. Quando alguém passava na rua, ele via pela primeira porta e corria, de imediato, para a segunda porta. De lá, convidava para um rápido bate-papo, nem que fosse apenas para cumprimentar a pessoa.

Debruçado sobre a divisória, misturava o português com o italiano e soltava palavras próprias do dialeto da sua terra natal Laino, região de Mormanno - Itália. Era assim o querido tio, também meu padrinho de crisma. A saudade da Itália havia ficado no seu peito e a memória era atual. Conversávamos bastante e podia entender essa dolorosa separação daquela região montanhosa da Calábria. Pude compreendê-lo melhor quando visitei Mormanno, em 1990. Desde o pós-guerra, Giovanni enxergava a Itália com a possibilidade de se tornar uma das grandes potências mundiais.

Apaixonado pela caça, sempre teve os melhores perdigueiros e as famosas espingardas de dois canos da marca Saint´Ettiene em Poções. Na sua terra, era conhecido como Giovanni "giubunno", por utilizar um blusão com grandes bolsos, próprio para carregar caças. Seus maiores companheiros foram Agenor Xavier e Nenga Rolim. Um dia, acompanhei no campo de aviação para uma caçada – não encontrando uma só codorna ou perdiz, mandou arremessar o chapéu ao ar e, com maestria, o transformou em uma peneira.  

Outra marca registrada era a qualidade dos seus móveis, que foi mantida por profissionais como Tião, Xirico, Néo Bicudo e tantos outros que trabalharam e aprenderam a arte da movelaria artesanal. 

Um dos maiores freqüentadores do macarrão de domingo na sua casa foi Gilmar Magalhães (Gilmar de Maneca). Contou-me que um dia conversava sobre os três filhos de Giovanni. Carinhosamente sempre se referia aos filhos como o “meu Pino”, o “meu Guel” e o “meu Bruno”. Naquela época, os três moravam em Salvador. Feliz da vida e orgulhoso por terem estudado e se formado na Escola Técnica Federal, disse-lhe que já estavam casados e dando belos netos.

Gilmar, vendo a emoção e os olhos de Giovanni brilharem, comentou:

Seu Giovanni, quer dizer que o Sr. tem uma prole muito grande?”. O tio, ingenuamente respondeu, fazendo gestos de comprimento e diâmetro com as mãos:  É, mio caro Gilmar, non tão grande, mas peró un tanto grossa”.

Tio Giovanni tem um lugar especial no meu coração e, com certeza, será sempre lembrado por manter bem viva e próxima essa minha relação com a Itália.



Leia mais sobre Giovanni Sola no Família Sarno



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Fotos inéditas 09 - (Heráclito Fagundes)

Essa figura é Heráclito Fagundes e talvez a cidade nunca soube que assim se chamava. Era mais conhecido pelo apelido de Quito.
(Foto: Arquivo pessoal)

A foto foi feita no quintal da casa onde morava Antonio Leto, na rua da Itália. Posteriormente, a casa passou a ser propriedade de Zóstenes Vaz (hoje funciona uma clínica - aquela que tem as imagens do homem pré-histórico na parede).

Ele era filho de Antonio Fagundes e sobrinho do maestro Bernardino Fagundes, grandes nomes da música e da filamônica de Poções.

A alegria de Quito era irradiante. Parceiro de boas farras. Um grande Contabilista, um grande amigo.

A data da foto? não sei - peço ajuda aos universitários...


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domingo, 7 de outubro de 2012

Dona Zizi Borges - Falecimento


Com a colaboração de Vinicius Dantas (*)

Adalgisa Borges Farias - Dona Zizi, nasceu na cidade de Rio de Contas - Bahia, em 16/12/1913. Faleceu em 02/10/2012 aqui em Salvador. Era filha de Dr. Antônio Agripino da Silva Borges e Leonor Viana Borges.

Saiu de Rio de Contas e foi morar em Poções e trabalhou no Grupo Escolar Alexandre Porfirio como Secretaria. Casou-se com Sabino Brito Farias e teve seis filhas: Zoraide, Zenaide, Maria das Dores, Diana Telma, Márcia e Maria das Graças. Deixa vinte netos e treze bisnetos.
Pessoa integra e carinhosa, amada por todos!

Dona Zizi era irmã de Dona Helena Borges, viúva do Dr. Alcides Pinheiro dos Reis, pessoas tradicionais da nossa cidade.

(*) Vinícius aparece na foto com a sua avó. Vive um triste momento pelo falecimento de dois avós num curto espaço de tempo.

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domingo, 30 de setembro de 2012

Fotos inéditas 08 - (Primeira Comunhão)

Santo Inácio de Antioquia disse que "Na Eucaristia, nós partimos 'o único pão que é remédio de imortalidade, antídodo para não morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre' "

Esse e outros ensinamentos básicos para a primeira comunhão estava na ponta da língua. Nós eramos alunos da catequista Irmã Marilac e outras da famosa "Casa das Freiras", uma instituição que ajudou muito na manutenção da região católica em Poções.

Com o cabelo cortado a "la Hermes", de máquina mecânica, todo de branco, estava pronto para a primeira comunhão.

Encontro nos meus arquivos, uma foto tirada diante do altar da Igreja Matriz de Poções em companhia do meu amigo Sidney Santos, de quem não tenho notícias há bastante tempo.

Ele é filho do saudoso Sargento Severino, nosso professor de inglês e francês.
(a foto, certamente foi feita por Vitinho Borba, entre 1966 e 1967).


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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Falecimento de Pedro Dantas (Duca)

Comunico o falecimento do Sr. Pedro Dantas, mais conhecido por Seu Duca, ocorrido hoje em Poções.

Uma pessoa muito querida na nossa cidade. Sua popularidade foi solidificada na direção do Bar Maringá. Era amigo de todos - figura extremamente calma e atenciosa, não perdia a oportunidade de um bom papo.
Junto ao bar, que era apelidado de "A Visgueira", Jorge, o filho, iniciou o famoso Chamuscão, quando tive a oportunidade de conviver mais estreitamente com Seu Duca. Além do bar, cuidava da fazenda na região da mata. Era comum encontra-lo participando da Chegada das Bandeiras.
Deixa dona Nainha, sua esposa, e os filhos Jorge, Maria Rita, Paulo e Antônio Roberto.
Um abraço amigo a todos nesse momento, inclusive aos netos, em especial a Vinícius, George e Clarissa, que tenho o convívio mais próximo.
(foto cedida por Clarissa)


Em tempo: Faleceu a Sra. Jaci Leoni nessa quinta feira, 26. Aguardo mais informações para divulgação aqui no blog.

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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

DayHORC - 30 anos

Circulando aqui em Salvador, via out-door, a notícia dos 30 anos do DayHORC, um dos hospitais oftalmológicos mais competentes do Brasil, que é dirigido pelo poçoense Ruy Novais Cunha, com unidades na capital, Itabuna e Eunápolis.

Ruy foi contemporâneo no Ginásio de Poções. É filho do Sr. Pedro Cunha (ex-prefeito) e dona Regina Novais Cunha.


Os meus parabéns por essa conquista.


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domingo, 23 de setembro de 2012

Fotos inéditas 07 - (Carnaval na Acascp)

 
Uma foto de 1973. Carnaval na Acascp - Clube de Poções. Da esquerda para a direita: Jorge de Ucha, Isabel Cristina Pithon, Márcia Andrade, Ruy Alberto Sarno, Ivan Alves (só aparece o rosto), Ângelo de Floriz Neto, Guida e Lulu.
 
Os detalhes: As duas escadas ao fundo serviam para a ornamentação do salão. A mortalha de Ruy foi feita de uma faixa de rua. A roupa que estou vestindo era um pano que se usava em um dos andores de festas religiosas.
 


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domingo, 16 de setembro de 2012

Ermir Fernandes


Ermir Fernandes - (foto do meu arquivo pessoal)

Recebi a notícia do falecimento de Ermir Fernandes.

Ermir era casado com Maria Ornilda Fagundes Marques. Devido a proximidade familiar com meu sogro Valmir Fagundes, estive recentemente com ele em duas oportunidades.

Uma perda prematura e irreparável. O nosso abraço e conforto para a família.


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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Fotos inéditas 08 - (Quarta série de 1966)

Mais uma foto, agora do final de curso da turma de 1966 do Ginásio de Poções. A festa de encerramento foi feita no Clube União das Classes. Quem se habilita a identificar as pessoas que estão na foto? Vou dar duas dicas: o casal no meio da foto e um dos componentes do conjunto que tocou na festa.

O casal é Irundy e Noélia. O componente do conjunto, o terceiro no palco, da esquerda para direita é Rubenito Amorim. Os palpites poderão ser dados nos comentários do blog ou email para luiz.sangiovanni@gmail.com

 
(foto: Álbuns dos irmãos Sangiovanni)

Atualização em 15.09.2012
Consultei Michele, meu irmão, que está na foto e me mandou a identificação das pessoas. Salvador Vaz reconheceu alguns deles (errou apenas um dos identificados). Veja abaixo, então, da esquerda para a direita:

Nino - Professor e já falecido
Renan Macêdo - era o secretário do Ginásio
Leonel Messias - já falecido
Marieta - não mora em Poções
Conceição - filha de Antonieta e Aderbal
Sônia Dias - Médica em Poções
Maria da Glória - filha do Sr. Pedro Mota)
Dr. Irundy Manta Alves Dias
Professora Noélia Gusmão Dias
Maria - Irmã de Osvaldão Dias
Laurinda Schettini - esposa de Vassil Schettini
Raimunda - não mora em Poções
Terezinha - sobrinha do Sr. Pedro Mota
Roberto Silva Dantas - Filho do Sr. Duca (Pedro Dantas) e irmão de Jorge Dantas. Médico.
Solon Macêdo
Michele Sangiovanni
Emanuel (Miel), ao fundo, entre Raimunda e Terezinha.

Segundo Michele, o conjunto era de Vitória da Conquista e se chamava OS MORENOS. Também, não confirma se a pessoa era Rubenito Amorim.


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