"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A salvação do Carnaval

                                                                    Foto Correio da Bahia

Nem tudo é decepção. O Carnaval do Pelourinho visa a manutenção do passado. No sábado, fui ver a apresentação do grupo Paroano sai milhó, fundado em 09 de fevereiro de 1964. Não tem como não se emocionar ouvindo marchinhas de antigos carnavais, lembrando as batalhas de confetes do Clube Social de Poções.

O site do grupo é http://paroano.com.br Veja algumas letras abaixo:

ABRE ALAS
(Chiquinha Gonzaga, 1899)

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar

ALLAH-LÁ-Ô
(Haroldo Lobo-Nássara, 1940)

Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô

Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara

Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah

AURORA
(Mário Lago-Roberto Roberti, 1940)

Se você fosse sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô Aurora

Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora

Direto de Ondina

Depois de alguns anos sem ir ao circuito do Carnaval, fui parar na pipoca do Barra-Ondina. Se percebe algumas mudanças. Se transformou no carnaval da diversidade e também da contrariedade.

Os antigos bares montados a meio metro do chão deram lugar aos megas camarotes. Os espaços da área foram totalmente loteados. Um dos donos do espaço é a Brahma, que inovou com mijadores centralizados montados em containers, longes do circuito. Sumiram com os banheiros químicos, aqueles de PVC. O cara bebe a cerveja, brinca e na hora de mijar, tem que fazer no muro. Aí, passa a PM e distribui “fanta” nos mijões. O povo não tem vez, ou mija ou apanha. A rua é um mijódromo e poças do líquido estão espalhadas em toda parte.

Daqui, da janela da minha casa, enxergo o estacionamento de carros rebocados pela Transalvador. Não cabe mais nenhum e eles ainda insistem em trazer mais. Não existe local para estacionar nas ruas. Alguns poucos meio-fios são disputados a R$ 15,00 por cartela. Quem achar outro local para estacionar, acaba voltando a pé para casa, pois a “Transjoão” resolve atuar nas madrugadas do Carnaval. As três da manhã, a Centenário estava travada por causa do excesso de falta de planejamento e desorganização.

Falar em voltar a pé, os táxis não andam em percursos que lhes dêem pouco dinheiro. Nem te dão atenção. Cresce a quantidade de mototáxis no circuito e a região vira um inferno, sem tamanho.

Para entrar ou sair dalí, circula-se entre mijo, caixas de isopor e fogareiros com espetinhos de gato. Não se criam os corredores para o povo.

A PM anda bem pela multidão e dá empurrões mesmo quando escolta foliões de camarotes – turistas na maioria, é claro, por uma questão de marketing. Para dar segurança a poucos, ela maltrata outros tantos. Os seguranças particulares estão em toda parte. São uns guarda-roupas abertos e a regra é empurrar.

Ontem mesmo, tanto a PM quanto esses seguranças formaram um aparato tão grande para transportar uma "celebridade" que pensei ser o presidente Obama. Era tanto empurrão no povo que chamou a atenção. Perguntei quem era e me disseram: É Deni, é Deni da Timbalada...

Muito prazer!

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domingo, 12 de fevereiro de 2012

O dono de Poções



A novidade da internet é o site www.tici.es. É um grande guia de cidades e qualquer pessoa pode ser dona de uma cidade do Mundo, através de um sistema de leilão.

Fiz isso e me tornei o dono de Poções.

O passo seguinte é cadastrar estabelecimentos comerciais na página exclusiva de Poções. A inserção não custa para o empresário e o seu negócio estará disponível para consultas e divulgação.

A partir de amanhã, 13/02, iniciarei o cadastramento. Quem quiser, pode enviar os dados como: Razão Social, nome fantasia, ramo do negócio, endereço e telefone que farei o cadastramento sem qualquer custo.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Estados d´Alma

Recebo do meu amigo Ricardo De Benedictis a notícia da publicação do livro 'coletânea' de alguns poemas da sua autoria com o título de Estados d'Alma, ocorrida em Vitória da Conquista. Na capa e orelhas estão ilustradas algumas fotos de pessoas que lhe são caras.

Cita o autor: "Entre estas está uma que guardei da festa do Divino de 2008, em que estamos juntos".
Parabenizo a Ricardo pelo lançamento e agradeço imensamente pela amizade e inserção de fotografia que eterniza os bons momentos do reencontro dos amigos na nossa Festa do Divino.

Abaixo, os endereços dos blogs e o site de Ricardo De Benedictis. Vale conferir e acompanhar (eles estarão fixos na barra lateral do meu blog)
www.opiniaodaimprensa.com
www.cidadeemfoco.tk
www.apoloacademiadeletras.com.br


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domingo, 5 de fevereiro de 2012

O fim do Poções

Leio no Portal Poções que o time do Poções está prestes a se acabar. Pelo que está escrito, a culpa é do prefeito Luciano. Não entro nessa perrenga política e tenho cá as minhas convicções pelo que acompanho do futebol baiano. Também, não entro na avaliação dos dirigentes, mas acho que estes são os principais responsáveis. Saudades do tempo de Pedro Sibim.

Agora mesmo, acabo de assistir ao jogo entre o Itabuna e o Bahia (3x4). Quem entende um mínimo de futebol viu que o juiz favoreceu ao time da capital e o Itabuna perdeu nos seus próprios domínios.

Vou mais longe. Em abril de 2007, eu vi o Poções ser garfado na Fonte Nova com um gol claríssimo não validado pelo trio de arbitragem (Gleidson Oliveira e os bandeirinhas Marcos Welb Amorim e Antônio César Brasileiro Oliveira).

No cai-cai, primeiro foi o Juazeiro, depois o Poções e, na sequencia, o Ipitanga, que optou jogar em Senhor do Bonfim. No jogo de acesso à primeira divisão, o Guanambi já tentou duas vezes e se formou uma “lambança” porque o time ganhou por mais de dez de um time de cachaceiros que foi jogar a partida final do acesso.

É facil entender. Todos os times que caem ou querem subir são distantes da capital. A imprensa que faz a cobertura funciona assim: a TV transmite de dentro do estúdio; o jornal faz a reportagem a partir das informações do rádio e da TV; Sobra, portanto, para o pessoal do rádio que tem que ir para o estádio narrar o jogo. Portanto, esse pessoal faz tudo para que somente os times próximos à capital permaneçam. Daqui, eu ouvia os comentários maldosos em todos os inícios de transmissões esportivas em Poções. Se queixavam de tudo: do ônibus, do tempo de viagem, do hotel, da comida, da cabine, da buzina que tocava na arquibancada e por aí vai.

Os trios de arbitragem saem de Salvador e são os que viajam e agem iguais ao radialistas. Na dúvida, apitam para o time da capital.

A Federação nunca mudou a tabela. É feita para beneficiar os times de Bahia e Vitória. Todas as partidas decisivas do Poções sempre foram transferidas para outros domínios, longe da sua torcida.

 A Bahia tem mais de 417 municípios e representados apenas por 7 deles. Dos doze times que disputam, sete estão localizados em um raio de até 100 km. O lógico seria um grande campeonato com grupos regionais. Se os raciocínios são corretos, o fim é totalmente previsível.

Pobre futebol baiano. Pobre Poções. Pobre torcedor…

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