Bastava a notícia correr que alguém ia viajar para Salvador
e as cartas começavam a chegar. Na verdade, quando se reservava uma passagem de
ônibus, as pessoas já ficavam sabendo. Passavam em Netário (agente da Camurugipe)
e procuravam pela informação da data da viagem. Podiam escolher o portador mais
confiável ou aquele que morava mais próximo do destinatário.
Além das cartas, as pessoas não se acanhavam em mandar um
pacotinho contendo doces, frutas ou carne. Para não dar trabalho, levavam a
caixa até a agencia e já colocavam no bagageiro do ônibus. Agradeciam pela
tarefa e tchau. Quem optava por viajar sem bagagens, recebia o “pacote” sem
aviso prévio.Agora era respirar e cuidar da encomenda, carregar da rodoviária até a casa e depois entregar no domicílio indicado. Estava escrito na caixa o endereço completo do cidadão – lógico, que era para o portador não errar a porta.
Se soubessem que a viagem era de “carro próprio”, aí a estratégia era outra. A pessoa entregava dois pacotes e dizia: Se o carro tiver cheio, basta levar um. Meu tio Luiz Sarno era mestre nessa arte. Tinha em casa um depósito com várias caixas vazias e de diversos tamanhos. Bastava achar uma “presa” para escolher o tamanho da caixa.
Mas, as cartas sempre foram as preferidas das pessoas. Traziam dinheiro e todo tipo de mensagem, cartões, cheques, etc. Normalmente eram lacradas e com o nome e endereço. Como forma de agradecer e identificar o portador, os pacotes e as cartas vinham grafadas com a frase “PEO de fulano”.
PEO era as iniciais de Por Especial Obséquio.
.
Lulu,
ResponderExcluirAgora você "exagerou" na foto. Feliz Natal!!!
Abs,
Sergio.
Sérgio,
ResponderExcluirCuidado com aquilo que você pede. A graça pode ser alcançada além do pedido.
Grande abraço,
Lulu