"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Roniwalter Jatobá em Salvador

No próximo dia 9 de agosto, uma quinta-feira, a partir das 13h, Roniwalter Jatobá estará autografando, em Salvador, três livros lançados em 2012: Cheiro de chocolate e outras histórias (contos, Editora Nova  Alexandria, SP, apresentação de Ruy Espinheira Filho), Alguém para amar a vida inteira (romance juvenil, Editora Positivo, PR, apresentação de   Miguel Sanches Neto) e O jovem Monteiro Lobato (biografia, Editora Nova   Alexandria, SP).

Local: Confraria do França (antigo Ex-Tudo), no Rio Vermelho. Sobre Cheiro de chocolate e outras histórias, um dos   primeiros leitores -- o jornalista e escritor Renato Pompeu -- mandou a seguinte mensagem:

"A literatura sempre avança em relação à mais requintada teoria literária. O principal teórico do realismo crítico, o húngaro György Lukács, julgava que não era possível fazer arte a partir do singular, por não ser universal. Somente a partir do singular-universal, ou seja, a partir do particular, é que seria possível fazer arte. Mas Roniwalter Jatobá, neste livro Cheiro de chocolate e outras histórias, prova o contrário. Ele chega a estesias melancólicas e encantadoras, a puros enlevos, a partir de uma féerica feira de singularidades; o conjunto se torna universal."

Sobre Roniwalter Jatobá
Nasceu em Campanário, Minas Gerais, em 1949. Aos 10 anos, migrou com a família para Campo Formoso, Sertão da Bahia. Desde 1970 vive em São Paulo. Como jornalista, foi redator dos fascículos Nosso Século e Retrato do Brasil e colaborou em Movimento, Escrita e Versus. Atuou, também, como cronista do Diário Popular. Publicou, entre outros livros Sabor de química (1977), Crônicas da vida operária (1978), Filhos do medo (1980), Viagem à montanha azul (1982), O pavão misterioso e outras memórias (1999), Paragens (2004) e Trabalhadores do Brasil (1998). Pela Editora Nova Alexandria, publicou, para a Coleção Jovens sem Fronteira, O jovem JK, O jovem Fidel Castro, O Jovem Che Guevara e O Jovem Luiz Gonzaga. É autor, também, de Rios sedentos (Coleção Viagem Literária), voltada para o público infanto-juvenil.
(foto e informações sobre Roniwalter: site www.novaalexandria.com.br).



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domingo, 29 de julho de 2012

Sala Ruy Espinheira - Uma merecida homenagem

Por Eduardo Sarno - especial

Pode-se dizer que o Dr. Ruy Espinheira tinha uma mente brilhante. Não só dominava o saber jurídico, como tinha uma percepção aguda das circunstâncias sociais, o  que lhe permitia uma intervenção correta como advogado.
                                      Dr. Ruy Espinheira (foto - arquivo Eduardo Sarno)
Aliava uma memória privilegiada a um conhecimento do perfil psicológico das pessoas com quem tratava. E tudo isso temperado com um saboroso senso de humor.

Vivia a vida com intensidade e bom proveito, desde a sua dose de uísque, sorvida calmamente, até ao extenso leque de amigos, que freqüentava e convivia intelectual, social e politicamente.

Era um homem de opiniões e posições. Em nome destas foi preso pela Ditadura Militar. Mas se, grande entrou na prisão, maior ainda saiu dela.

Poções e Jequié tiveram a honra de tê-lo como morador, e hoje Poções resgata esta dívida, através da OAB, prestando esta merecida homenagem, inaugurando a Sala Ruy Espinheira.

                        Chico Sangiovanni e Dr. Ruy Espinheira na Fazenda Caetitú, em passeio.
                                     (Foto arquivo Lulu Sangiovanni)


Outras notícias sobre o evento no site Liberdade FM Poções:
 http://www.liberdadefmpocoes.com.br/noticias/cidade/2012/07/sala-da-oab-e-inaugurada-em-pocoes.html


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terça-feira, 24 de julho de 2012

O cara das duas cervejas

Hoje, eu estava almoçando aqui na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, quando encontrei um velho amigo, ex-colega de trabalho. Foi uma festa. Lembramos de alguns casos e histórias passadas. Ele me pediu que não divulgasse o nome, mas poderia contar a história que nos liga a Poções (vou chamá-lo com o pseudônimo de Antônio para facilitar a história).

Pois é. Antônio andava sempre em uma casa noturna de Poções quando viajava pela região. Quando eu via, estava sempre sentado na mesa que ficava ao lado direito da segunda sala da tal casa. Usava óculos escuros no puro estilo Valdick Soriano, a qualquer hora do dia. Pedia uma cerveja e ficava observando o ambiente até se interessar por uma das mulheres que trabalhavam naquele local.

Antônio pedia a segunda cerveja e continuava o papo com a mulher. De repente, saia com ela para um dos quartos da casa. Assim era o costume de Antônio naquele lugar e com frequência mensal, talvez. Nunca trocamos meia prosa e ninguém sabia o seu nome. Era muito calado, não dava papo para a turma de jovens.

O tempo passou e comecei a trabalhar. Depois de três meses, me designaram para morar na região sul, onde a empresa possuia uma filial. Fui recomendado para procurar o gerente, que me daria as coordenadas do trabalho.
Me apresentei e marcamos para visitar alguns clientes durante o dia. Enquanto eu aguardava pela sua disponibilidade, fui me apresentando aos outros colegas e percebia que alguma coisa me chamava a atenção. Achava a fisionomia familiar e ficava remoendo: De onde eu conheço esse cara?

Pois bem, naquele dia, saímos e acabamos almoçando na churrascaria que ficava no andar superior de um prédio defronte à Estação Rodoviária de Itabuna. Quando sentamos, ele fez a mesma posição com os braços, apoiando o queixo. Caiu a ficha.
- Você andava em Poções? perguntei. Ele desconversou, disse que tinha ido uma vez, mas de passagem para Vitória da Conquista e Brumado.

- Qual é rapaz, eu conheço você, não era o cara que tomava as duas garrafas de cerveja?   

Veio um ééééé meio lerdo. Ele perdeu a chave, como a gente diz. Afinamos a conversa e era Antônio mesmo.

Convivemos na mesma empresa por um bom tempo e ninguém me dava mais notícias dele. No almoço de hoje, em meio às famosas costelas de Sorocaba, relembramos o fato.


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domingo, 15 de julho de 2012

Museu 2012

Da equipe editora por Ângela Muskat e Zenilda Ramos

Cultural, informativo, criativo, surpreendente, organizado. Essas são as palavras que traduzem a 5ª Edição do Museu de Poções, realizado graças a parceria do IECEM com a Paróquia do Divino, através do Padre José Roberto que apoiou e valorizou nosso trabalho.
Pela temática “Marcas da religiosidade Nordestina”, educadores e educandos demonstraram através de paineis, murais, objetos variados as pesquisas feitas desde o início do ano letivo.
A novidade desta edição foi a grande quantidade de maquetes bem feitas que estavam à disposição dos visitantes, mostrando igrejas, praças, vilas , andores e presépios. Os manequins caracterizados com roupas típicas também tiveram grande apreciação do público, inclusive um quadro representando o cálice sagrado harmoniosamente pintado pelos alunos da 8ª série estava à disposição no museu.
O ambiente estava permeado pelo cotidiano poçõense: panelas de barro, ferros à carvão, canetas, dinheiro e moedas antigas, fotos, máquinas de costura, de datilografia, telefones antigos, rádios, relógios, pilões, batedeira velha, porta-retratos, a mulinha enfeitada com uma magnífica manta, colheres de pau, radióla, discos de vinil, celas, porta-jóias e uma variedade de outros objetos interessantes.
Dos dias 23 a 27 de maio o museu ficou aberto ao público para apreciar a beleza demonstrada, mas o projeto deste ano não parou por ai. No feriado de Corpus Christi do dia 05 de junho, uma comissão de educadoras do IECEM reuniu-se para dar encaminhamento ao museu definitivo da cidade.
Agora o próximo passo é procurar um meio de comunicação com a Secretaria de Educação do Estado (SECULT-BA) para nos informarmos e fundarmos o que a Sociedade Amigos do Museu de Poções de Poções (SAMP) tanto almeja: um Museu real para Poções e que num futuro bem próximo o IECEM venha contribuir a cada ano com uma temática inovadora e criativa como foi a de 2012.
Vamos torcer para que tudo dê certo.
A direção do IECEM parabeniza todos os educadores e alunos que fizeram neste ano mais um projeto de vanguarda.
 
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sábado, 14 de julho de 2012

Por Onde Anda Zé Carlos Leto?

O Por Onde Anda de hoje encontrou  José Carlos Leto, um poçõense, assíduo leitor e que sempre faz os seus pertinentes comentários aqui no Blog. Amigo de anos, contemporâneo de Ginásio (uma ou duas turmas na frente), filho do ilustre Nicola Leto e dona Nicinha, pessoas que muito contribuiram para o desenvolvimento da nossa cidade.

Falar dos Leto, significa falar da história do cinema e da energia elétrica de Poções. Significa a grande família que Nicola construiu, principalmente poder contar com a amizade de Zé Carlos e dos seus irmãos, especialmente de Valdemir, Maria Eugênia e Ângela,  grandes colegas de sala e contemporâneos do Ginásio.
Zé Carlos teve uma vida muito simplória, diz ele na sua modesta fala. Saiu de Poções em 1971 e foi trabalhar nos cinemas do saudoso Francisco Pithon (rede de cinemas que existia em Salvador – Cines Tupi, Guarani, Bahia, Tamoio, Politeama, Liceu, entre outros), indicação de Fidélis Sarno (Fidélis de Boa Nova) grande amigo do velho Nicola.

Deixou os cinemas e foi trabalhar no Polo Petroquímico de Camaçari por longos 18 anos. Vinte anos depois, retornou para Poções e diz que só sai dali por uma razão fortíssima. Casou-se com uma “baianeira” chamada Teresa , nascida em Juiz de Fora – MG e criada em Salvador – BA. Têm três netos: Nicolle, Filipe e Bia.
Trabalha atualmente no Posto de Atendimento do Coelba Serviços e pertinho de se aposentar. Mas, também tem seus momentos de lazer e o “hobby” é tocar teclado nos finais de semana na Pizzaria La Tavola, que pertence a sua filha. Taí uma boa pedida para os finais de semana.
De quebra, ele buscou no fundo do baú, uma foto antiga de 1969, onde aparece a Diretoria do Grêmio Litero- Recreativo 21 de Abril (CNEC Ginásio de Poções) no desfile do 7 de Setembro. Na foto, aparecem  Hernane Exler, José Carlos, Raimundo de Dona Esmeraldina, Osvaldo “Cientista”, Bete Exler, Neca Simões (peço ajuda para a identificação das outras pessoas).  

Quem quiser entrar em contato com ele, o email é jocale@bol.com.br
O Blog agradece a participação de Zé Carlos e continua procurando outros amigos por esse mundo.

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Os apelidos na política de Poções

Sempre confessei a minha posição de apolítico, mas não poderia deixar de aproveitar a oportunidade para reforçar a lista de apelidos publicada aqui  no http://blogdosangiovanni.blogspot.com.br/2009/10/vida-nos-apelidos.html

Desejo boa sorte a todos e que não só o apelido seja a forma de lembrança nas urnas. Que vocês se lembrem sempre do povo e coloquem a nossa Poções como objetivo maior, agora e no futuro.                                                      

Adelson do Portal, Adevaldo Radialista, Nildo Cabeludo,
Almizinho, Riquinho, Marcos Agente de Saúde,
Vani do Açude, Professor Carlos, Careca,
Kal de Edite, Nozinho, Dio Moto-taxi, Lié,
Darinho, Locutor Fabiano Ferreira, Fernando Boião,
Gil do Box, Gugu, Tina, Rael, Nete, Sargento Izaías,
Sargento Jaílson, Nino Aprígio, Jonas do Reforço,
Lande da Caçamba, Lago, Zequinha, Garapa,
Professor Kleber, Cebolinha, Luizão, Márcio do Celular,
Marcos do Moto-taxi, Zezel, Nelsão, Zil da Relojoaria,
Reginaldo do Posto, Rogério da Caixa, Roni, Professor Rosalvo,
Zil do Açude, Didi da Lage, Vilma de Kel, Santo de Ziziu.

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tributo a Poções

Somente agora eu vi esse documentário. Recomendo.

http://www.youtube.com/watch?v=lhWPF0_hYMg


Realização: Sicoob Crediconquista
Texto e Concepção: Esechias Araújo Lima
Edição de Imagem: Leandro Pinheiro



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Água no Listerine

Acordei cedo e viajei até Goiânia em companhia do meu amigo e colega de trabalho Marcos Roberto, um baiano de Camaçari (espécie difícil de se encontrar), que mora hoje em Jaboatão, na Grande Recife. Participaremos de um treinamento dos famosos manipuladores telescópicos, franceses, da marca Manitou.
Reservamos o hotel pela internet e, diante do nenhum conhecimento que tínhamos da cidade, acabamos pegando um do tipo que chamamos de "meia-boca". Começamos por dividir o mesmo taxi e o apartamento. No final do dia, rachamos ao meio um sabonete Johnson´s que comprei na farmácia ao lado. O hotel não tem aqueles sabonetinhos nem box no banheiro (apenas um rodo para puxar a água). Na pizzaria Scarolla o talharim também foi dividido.
E a conversa passou pro lado da economia. Lembrou que a sua mãe guardava o pó de café usado para economizar na janta. - E a minha tia, lá em Poções, também fazia a mesma coisa, emendei.
Conversa vai e lembrança em lembrança, falei que coloco água no vasilhame de shampoo quando esse tá acabando e rende mais algumas lavagens. Me lembrei de tanta gente pão-dura, que não vou citar nomes, mas dão umas boas histórias.
Marcos foi tomar banho e escovar os dentes. Usou o meus produtos de higiene e teve o desplante de dizer com aquela cara de Ugo Chavez:

- Porra! Até água você bota no Listerine. É pra render?

- Vá a merda, porque não te calas!!!,  respondi.


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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Carolina Caputo Sola - Falecimento

Morreu na noite de hoje, em Poções, Carolina Caputo Sola, mais conhecida como Lina. Era viúva de Giovanni Sola e mãe de Giuseppe Mario, Miguel Mário (já falecido) e Bruno Sola. Deixa os netos Marcos Vinícius e Carlos Eduardo; Elda Carolina, Thiago e Maria Clara; Bruna, Giovanni e Paula.
                                                  (foto: Vincenzo Sarno)

Lina era italiana da cidade de Rotonda, sul da Itália. Veio para o Brasil no início dos anos 50. Irmã da minha mãe Anna Maria, se tornou sua inseparável companheira, uma forma de amenizar a saudade da terra natal. Com essa vivência próxima, sempre tivemos um carinho especial de filhos.

A costura foi uma arte que trouxe da Itália. Durante muitos anos, manteve um ateliê na sua casa da Av. Olimpio Rolim, sendo um dos preferidos da sociedade poçoense. Depois, se mudou para Salvador. Após o falecimento do marido, voltou a residir em Poções.

Também era exímia na culinária. Além das massas fusilli, cavatelli e pizzas (especialmente alho e óleo), fazia doces como o “canuletto” e “glispella” nas épocas das festas natalinas ou datas especiais. Havia alguns pratos que eu não deixava de comer - “batatas fritas com pimentão”, os minestrones, os bifes à milanesa, sem contar as linguiças calabresas.

Minha tia nos deixa um legado de simplicidade e exemplos de família que aplicaremos no dia-a-dia. Com o falecimento de Lina, encerra-se a geração de tios nascidos na Itália pertencentes às famílias Sola, Sangiovanni, Sarno e Libonati.

P.S. - Meu abraço e carinho aos queridos primos e sobrinhos. Estou na cidade de Senhor do Bonfim – Ba e impossibilitado de chegar em Poções para este adeus final.   


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