(Fotos: Márcio Fagundes) |
Veja as 20 obras que estarão expostas. Pode clicar na coluna ao lado, ou aqui.
Veja, também, as fotos da exposição em sites da capital. As fotos são de Philipe Monção:
"Rosto" - Um dos quadros expostos (Reprodução) |
Ainda sobre o artista.Veja os depoimentos:
Por Zeca Fernandes - Organizador da exposição
Adilson Santos nasceu na cidade de Poções, Bahia, em 1944. Participou de duas bienais e diversas exposições coletivas e individuais por todo o Brasil.
Desde cedo se interessava pelas artes e aos 17 anos expôs
pela primeira vez em Vitória da Conquista, Bahia. Em 1966 como reconhecimento
do seu talento expôs na Galeria Quirino, uma das mais importantes do Brasil na
época.
No entanto, foi no Rio de Janeiro, a partir da
década de 70 que Adilson se projetou nacionalmente, expondo na Bolsa de Arte e
na Galeria Ipanema no Rio de Janeiro e na A Galeria, em São Paulo.
Nesse período, em que as artes plásticas fervilhavam,
viu sua carreira se deslanchar. Uma prova disso são inúmeras aquisições por
importantes colecionadores de todo o país e também de outros países entre eles:
Portugal, França, Alemanha, Estados Unidos, Itália, entre outros.
O talento de Adilson é nato e sua técnica nos remete
à perfeição, ao profissionalismo e à dedicação extrema nessa sua busca no mundo
da arte. Seus trabalhos são um convite ao diálogo permanente, através das cenas
de um cotidiano mágico, muitas vezes romântico, outras vezes lúdico, no qual a
mulher e a natureza protagonizam como principal fonte inspiradora do artista.
O trabalho de Adilson me faz lembrar a Renascença,
não sei por quê, é como se eu tivesse saudade de um tempo, de universo místico,
misterioso e ao mesmo tempo desconhecido, mas com sensação familiar.
A fuga do real, a arte fantástica desafia a propria
sobrevivência humana, num mundo imaginável e perfeito, completamente distante
do nosso tempo.
Sua arte é expressiva, marcante. No silêncio de suas
telas é possível ouvir um murmúrio suave que contamina.
O fascínio da expressão dos homens encanta e
desequilibra a frieza da realidade, onde o sinal de qualquer ato de sensatez se
torna turvo diante da coragem daqueles que profetizam a sabedoria de um mundo
real.
Sem compromisso com os modismos da
contemporaneidade, mas com a preocupação em executar seu trabalho com paixão e
personalidade, o artista, guerreiro na batalha dura da realidade da vida, se
afasta e se entrega, e expõe seus segredos, seus desejos e também suas
incertezas, exaltando sempre a beleza, deixando na gente um gosto de paz e
harmonia.
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