"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O preso era Agenor...

Domingo, dia da macarronada na casa dos italianos. Na hora de temperar o macarrão, uma travessa era separada para um preso na cadeia de Poções.

O dedo inchava, havia necessidade de cortar a aliança, bastava ir na cadeia e o preso resolvia.
Diferente dos carrinhos de brinquedos que eram vendidos no Bazar Natal, o preso era quem fabricava os melhores e mais bonitos da cidade.

Faltando alguém para bater um bom papo, bastava ir na cadeia e conversar com o preso.
Das três celas existentes, apenas uma era usada. As outras desocupadas. Só havia um preso em toda a cidade. Não deu trabalho para Gregório Guarda.

O preso, olhos verdes, era o mais querido da cidade. Parecia que ele retribuia tanta reciprocidade que nunca aproveitou as oportunidades para fugir.
Não me lembro qual foi o seu crime e porque estava preso - não importava. Ficou famoso na sua simplicidade.

O preso era Agenor…


(a cadeia também era conhecida como quartel)

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário