"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

domingo, 20 de janeiro de 2013

O escudeiro - Os 100 anos de Chico

Antes das sete da manhã, o movimento nas ruas de Poções era praticamente daqueles que se deslocavam para o trabalho nas casas comerciais. Lembro de alguns, os mais expressivos: Licinho (Wilson Moraes), que trabalhava com Chico desde o tempo da Casa Sarno. Fidélis, com os Guimarães. Amorim, Valdesson e Pereira, na Farmácia Santana, de Fábio. Roque, na Padaria de Nilton Vasconcelos. Vitório e Etevaldo com Américo Libonati. Lourivaldo, na Insinuante. Joaquim, na Farmácia Brasil de Dr. Ari. Sem esquecer de Pedro, na Farmácia Sudoeste, de Olímpio Rolim. 

Foram tantos e, alguns deles, se tornaram expressivos e prósperos comerciantes da cidade.Na loja de Chico, me lembro de uma turma bem afinada: Néo, Irene e Valter Macêdo.

Não esqueço de Gilberto Silva Azevedo – Beto. Eu era garoto e ele foi trabalhar na loja. Aquele rapazote de letra bonita, que escriturava os livros e fazia um conta-corrente como ninguém. Dava gosto ver tamanha organização, que ia dos livros às prateleiras.
Gilberto Siva Azevedo (Foto: Eduardo Sarno)
Certas horas, fico avaliando o meu aprendizado e desenvolvimento comercial e vejo que tem muito a ver com o que ele me ensinou, mesmo que intuitivamente. Todas as vezes, nas minhas férias, passávamos horas conversando sobre assuntos diversos. A sua visão comercial era diferenciada, bem como a forma de proceder e agir. O seu caráter sempre foi exemplar. Sua simplicidade a gente enxergava nas colocações em cada situação. Uma pessoa admirável, responsável, competente e, acima de tudo, extremamente honesta.

Com todas essas qualidades, Chico e Beto se davam muito bem. Extrapolavam a relação profissional para uma amizade pessoal e podia contar com ele para tudo. Posso afirmar que Beto foi o seu principal escudeiro.

Também, tenho a certeza que o muito que Chico fez como comerciante, foi devido à relação com este parceiro e amigo.

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