"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

quinta-feira, 21 de março de 2013

Você é irmão de Edgar?

Mais uma coincidência dentro de taxi em São Paulo. Primeiro foi Agripino, agora Umberto, o Betinho. Nas duas, estava meu colega de trabalho Robson Bispo, para provar a veracidade dos fatos.

Hoje, pela manhã, caiam alguns pingos de chuva e tomamos um taxi de um hotel para o lugar onde teríamos uma reunião. Mais de uma quadra de distância entre os dois lugares - corrida pequena.

Tem uma pessoa em Salvador que é o meu cabeleireiro, faz serviços de taxi e, quando me aperto, leva o meu sogro ao médico, ou quando estou sem carro é ele quem quebra os meus galhos. Se chama Edgar. Mora no Jardim Caiçara, em Brotas. Na verdade, um conversador de boca cheia – pergunta sobre tudo e me conta um monte de histórias, inclusive da família dele.

Voltando a história de hoje, no taxi, Robson perguntou ao motorista de onde ele era, já prevendo a possibilidade de ser alguém de Poções (leia a história de Agripino, da Terra do Divino, aqui no blog). O rapaz disse que era de Salvador e já nos sentimos à vontade para adiantar mais conversas.

Nos perguntou se Salvador estava esburacada e disse que, de dois em dois anos, quando vai lá, cobram pedágio para passar nas ruas porque vai de carro com placa de fora. Eu perguntei logo pela sua família e onde morava: – Somos cinco irmãos e tem um apenas em Salvador, que não quis ficar em São Paulo, faz serviço de taxi também e mora em Brotas!

- Meus pais tem uma terrinha em Itaberaba e também sempre dou um pulinho por lá, completou.

Eu estava no banco de trás, lendo umas mensagens e fiz conta com as histórias de Edgar. O cara tem um irmão em Salvador, tem taxi, todos moram em São Paulo e os pais tem uma terrinha em Itaberaba. Eu já conhecia essa sequencia de história. Logo levantei a cabeça e disparei a pergunta.

- Por acaso você é irmão de Edgar?

A reação foi imediata. Assustado, olhou para trás e os dois olhos pareciam mais faróis de trator de pneu. Vi logo que as feições eram parecidíssimas com as de Edgar, até o topete do cabelo. Umberto se surpreendeu com a pergunta e ficou mudo, só sorria. Robson se divertia com a resposta e impressionado pela rapidez das colocações.

De imediato, liguei para Edgar e perguntei se ele conhecia algum motorista de taxi que pudesse me indicar aqui em São Paulo: - Claro, tenho um irmão que se chama Betinho. Trabalha aí. Tu tá precisando?

- Pera aí, que eu vou passar o telefone para uma pessoa aqui anotar, disse. Passei o telefone para Betinho e ele foi logo dizendo: - Mano velho, veja só a coincidência, o cara te conhece, como esse mundo é pequeno!

Ai em Salvador, o susto foi maior. Edgar estava todo emocionado e me fez um pedido:

- Dê uns conselhos aí, que de vez em quando ele apronta umas!

- Vai ficar pra próxima vez, pois a corrida chegou no seu destino, respondi.

Mais uma vez a prova que esse mundo é pequeno. Quando voltar, vou pegar o taxi de Betinho para ele me contar as histórias de Edgar.

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