Comprou um monte. Disse
que levaria para sua esposa e para toda a parentada. Um costume que adquiriu pelo fato
de viajar por várias cidades do mundo. Quando estive em Nápoles, ele me convidou para
tomar um café na sua casa. No meio de centenas de imãs de geladeiras, estavam
aqueles comprados em Salvador.
Estou
me lembrando desse fato por causa de um email que rolou no grupo interno de
amigos, aqui na internet: - a história de um cientista espanhol que recomendava
a retirada dos imãs das geladeiras. Dizia que, em ratos, existe a possibilidade
da maioria deles desenvolver um tipo de câncer por causa da alteração dos
alimentos devido ao campo magnético criado pelos imãs, alterando o
funcionamento da geladeira. Então, logo pensei: e os imãs que estão nas
borrachas da porta? Será que não é esse o imã que causa o câncer, já que muita
gente morre da doença sem nunca ter colocado um imã decorativo?
Assustada,
a pessoa que mandou a mensagem dizia que já tinha retirado os imãs da geladeira
dele.
Depois,
duas mensagens chegaram dizendo que não é verdade a informação contida no estudo
citado no email.
Eu
já havia mandado a mensagem para o meu amigo italiano sugerindo que ele
trocasse a geladeira, trocasse a porta ou as laterais do aparelho devido a
grande quantidade de imãs fixados e a contaminação residual que poderia atuar nos alimentos.
Imagine
se ele fosse contaminado por causa dos imãs do Elevador Lacerda, do Mercado
Modelo ou Pelourinho?
Dos
poucos que tenho na minha geladeira, eu só joguei fora o imã da loja de ração
depois que a minha gata de estimação morreu. Não vou tirar os imãs de Júnior e
Lídio do gás, com aquela arara vermelha, vistosa. Nunca tirarei o imã do
mercadinho de Antônio, meu fornecedor de cerveja, e nem o da minha sobrinha Gabriela, vestida de Branca de
Neve, lembrança dos seus três anos.
.
ResponderExcluirLu, a credulidade humana é impressionante. Creio mesmo ser ela a base de tanta crendice religiosa, todas elas sem o menor fundamento. Lembro do meu amigo jornalista Otto Filgueiras que me lembrava sempre: "Precisamos ouvir pelo menos duas opiniões diferentes". No geral só se ouve a primeira. Ah, antes de saber que era "culhuda" (o "hoax" de hoje) joguei minha geladeira fora...que pena !
Eduardo