"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

sexta-feira, 15 de março de 2013

Imã de geladeira

Outro dia, recebi a visita de um técnico italiano aqui em Salvador. Fui deixá-lo às seis da manhã no aeroporto e perguntou onde poderia comprar algumas lembranças da Bahia, tipo imã de geladeira. Fomos às lojinhas que ficam abertas 24 horas no próprio aeroporto.

Comprou um monte. Disse que levaria para sua esposa e para toda a parentada. Um costume que adquiriu pelo fato de viajar por várias cidades do mundo. Quando estive em Nápoles, ele me convidou para tomar um café na sua casa. No meio de centenas de imãs de geladeiras, estavam aqueles comprados em Salvador.


Estou me lembrando desse fato por causa de um email que rolou no grupo interno de amigos, aqui na internet: - a história de um cientista espanhol que recomendava a retirada dos imãs das geladeiras. Dizia  que, em ratos, existe a possibilidade da maioria deles desenvolver um tipo de câncer por causa da alteração dos alimentos devido ao campo magnético criado pelos imãs, alterando o funcionamento da geladeira. Então, logo pensei: e os imãs que estão nas borrachas da porta? Será que não é esse o imã que causa o câncer, já que muita gente morre da doença sem nunca ter colocado um imã decorativo?

Assustada, a pessoa que mandou a mensagem dizia que já tinha retirado os imãs da geladeira dele.

Depois, duas mensagens chegaram dizendo que não é verdade a informação contida no estudo citado no email.

Eu já havia mandado a mensagem para o meu amigo italiano sugerindo que ele trocasse a geladeira, trocasse a porta ou as laterais do aparelho devido a grande quantidade de imãs fixados e a contaminação residual que poderia atuar nos alimentos.

Imagine se ele fosse contaminado por causa dos imãs do Elevador Lacerda, do Mercado Modelo ou Pelourinho?

Dos poucos que tenho na minha geladeira, eu só joguei fora o imã da loja de ração depois que a minha gata de estimação morreu. Não vou tirar os imãs de Júnior e Lídio do gás, com aquela arara vermelha, vistosa. Nunca tirarei o imã do mercadinho de Antônio, meu fornecedor de cerveja, e nem o da minha sobrinha Gabriela, vestida de Branca de Neve, lembrança dos seus três anos.

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Um comentário:


  1. Lu, a credulidade humana é impressionante. Creio mesmo ser ela a base de tanta crendice religiosa, todas elas sem o menor fundamento. Lembro do meu amigo jornalista Otto Filgueiras que me lembrava sempre: "Precisamos ouvir pelo menos duas opiniões diferentes". No geral só se ouve a primeira. Ah, antes de saber que era "culhuda" (o "hoax" de hoje) joguei minha geladeira fora...que pena !
    Eduardo

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