"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

domingo, 24 de março de 2013

Baú de Pepponi - 1

Pepponi (meu irmão) resolveu abrir o baú da história de Poções. Me mandou algumas fotos e pego carona nelas para contar lembranças.

Muda-se a imagem da cidade quando ela se desenvolve, claro! Mas, ela não muda simplesmente, sem um motivo. Quando o Banco do Brasil abriu as suas portas (era na ligação das praças Raimundo Pereira Magalhães e a Praça Fernando Costa, a do Coreto), Poções passou por algumas reformas econômicas, comerciais e sociais, penso eu.

Imagine, naquela época, a abertura de uma segunda agência bancária – havia a agência do Banco da Bahia, somente. Significava, portanto, desenvolvimento para Poções e região O comércio com outras possibilidades de desenvolvimento, de geração de empregos. O prédio foi todo reformado, mobiliado e aberto ao público numa grande expectativa.

Aí, vem um momento que alguém vai comentar e acertar o instante cronológico porque meu “HD” interno de memória não dá pra tanto. As fotos ajudam, mas não ajudam o acesso aos neurônios, um tanto destruído.

Se eu disser que Amaro Elon foi o primeiro gerente, não posso confirmar. Tenho certeza que Fred era filho dele - não confirmo se Alice era a filha ou a esposa. Eu sei que Fernando Sarno vai me dizer. Fernando Marçal, remanescente dessa época, também vai estar antenado no blog e me confirmar ou corrigir as informações a seguir. Quem me ajudar na construção dessa história vai contribuir bastante. Inclusive, mande datas e nomes completos.

Poções não tinha pessoal formado para trabalhar no Banco ainda. Era necessário trazer de fora, transferidos de outras agências. Os da casa eram Catão, o irmão Fulgêncio (Lô), Fernando Sarno, Conceição filha do Sr. Aderbal, dúvidas quanto a Jorge Boneco, irmão de Lourinho, filho de Lourival.

Lembro bem de algumas pessoas que foram para Poções: Gervásio Moura, Mirandinha, Toninho Gaso, Ivan Menechini, Fernando Marçal, Paulinho, Piolho (um gaso alto) e Leonardo. Alguns do interior do Espírito Santo, mais precisamente de Mimoso do Sul, no extremo sul daquele estado, onde as influências com o Rio de Janeiro são maiores. Lá em casa, o macarrão era certo no domingo.

Ivan Menechini, Mirandinha, Lulu e Rosilma (então namorada de Peponni) durante almoço dominical
Gervásio morava na casa que é de Dahil, mas a família era de Jequié – irmão de Heloína, casada com Fernando Sarno (filho de Luis Sarno). Tinha um fusca branco de placa VS-0048, que usava para viajar fazendo as inspeções rurais, depois vendido a Pinuccio filho de Giovanni Sola (Gilmar Magalhães conta a história do fusca do meu Pino – outra hora, eu escrevo). Foi Gervásio quem me deu a notícia que havia passado no vestibular da Escola Técnica, aqui em Salvador, pois escutou nos 740 AM da Rádio Sociedade.

Mirandinha e Toninho Gaso eram bons de bola. Reforçaram o Atlético e o Bahia de Poções. Mirandinha casou com uma moça de Poções.

Paulinho, Ivan e Fernando eram os mais chegados lá em casa, fruto de uma amizade com Pepone. Leonardo tocava piano e fazia shows especiais nas poucas casas que haviam pianos. O Piolho que eu falo eu não lembro o nome dele. Andava rodando a varanda lá de casa querendo namorar a minha irmã.

Então, quando falo que Poções teve as suas reformas com essa turma, a mais importante foi a social e cultural. Pessoas de boa índole e que permanecem ligadas de alguma forma, principalmente pelos casamentos e filhos gerados, advindos dessa boa convivência.
Brincadeira entre Ivan Menechini, Fernando Marçal e Pepponi  na "república"
 Parte deles morou em uma casa que foi logo chamada de “república”, próximo ao Posto de Puericultura.

Uma figura gente boa dessa turma se chamava Ribamar, de baixa estatura. Tinha a função de caixa e o apelido de Castelo Branco (presidente da república). Meio fechado, ele não participava das farras da galera. Um dia, depois de um bom tempo trabalhando junto com um colega, foi sondado: - Castelo, você tem trocado aí? Ele respondeu: - Nunca te dei intimidade para você me chamar de Castelo, meu nome é Ribamar!

Fico no aguardo dos detalhes. Pepponi já fez a parte dele.

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