"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

sábado, 12 de abril de 2014

Baltazar, um encontro de Reis

Meu amigo e irmão Lourival, o rei Baltazar, em 2008 (Foto: Ricardo Sangiovanni)
Quem acompanhou a cruzadinha eucarística de Dona Fetinha sabia o quanto era difícil ser algum personagem nos ternos de Reis ou na semana Santa, na igreja de Poções.

Em todo evento religioso, havia a caracterização de um personagem bíblico. Fetinha escolhia sempre pela presença na igreja, nas missas. Zé Marinho, seu neto, tinha lugar cativo no papel de apóstolo, de um dos Reis Magos e um cargo não tão bíblico, o de porta estandarte. Isso nos deixava furioso. Às vezes, revezávamos esses “papéis”, mas tinha que ter o aval da nossa líder. Melchior e Gaspar, dois dos reis, eram sempre disputados na surdina, entre nós da cruzadinha.

Portanto, quem não foi Rei Mago em Poções?

Mesmo no papel de Baltazar, que era um rei negro, tinha concorrência - Uma vez era assumido por Lourinho (Lourival), outras por João Queiróz ou por Rosivaldo (Nêgo Rosi), pois eram nossos colegas negros.

O tempo passou. Fomos para o curso de admissão e o Vanderlei (Nêgo Vando) tratou de colocar apelido em todo mundo. Omoplata era um deles, pois dizia que era quem andava com a mão no ombro do outro. Tenaz, porque a amizade era muito boa e o cara colava mesmo. Sobrou para Lourinho o apelido de Baltazar, por ter sido um dos mais famosos Reis Magos de Poções.

Solidificamos o apelido durante o curso do Ginásio e ficou até hoje. Além do apelido, uma amizade  daquelas que não precisa de muito grude, de cola Tenaz, mas de grande qualidade quando a gente se encontra – um verdadeiro encontro de Reis.

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