"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Os livros de Poções - O Pintor

De repente, uma tempestade de cultura cai na nossa cidade, Poções.

Os lançamentos dos livros de Affonso Manta e Adilson Santos coroam a cultura poçõense em 2013. Talvez, nessa magnitude, coroem mais alguns anos pra trás e pra frente.

Confesso que foi uma semana muito emocionante pra mim. Na quarta feira, eu vi o trabalho de Adilson transformado em um livro, da forma que consagra e perpetua um artista, quando ele pode receber as homenagens que o reverenciam.

Acompanho-o como parte da minha família. Irmão de pessoas fantásticas como o meu sogro Valmir, de minha tia Dalva e dos falecidos Vandinho, Carlito, Alina e Dolores, pessoas que eu tive a maior admiração,  respeito e amizade – e me adotaram como sobrinho, genro, amigo e conterrâneo, é claro. A convivência com Seu Nenen (Mem Fernandes Santos Freitas), o pai de Adilson, cuja história contei aqui mesmo no Blog pela ocasião dos 100 anos de meu pai Chico, foi anterior e antes de conhecer a sua neta. Então, resumindo, uma família tradicionalmente ligada a nossa Poções com grande contribuição e participação na cultura musical.
Adilson  no Carnaval de Poções, com os seus irmãos Carlito, Dalva e Dolores e a nossa família
De graça, também, a amizade de Vane, prima de Bete, casada com o meu primo Eduardo, pai de Nessa. Pessoas que não tenho como ficar aqui elogiando e adjetivando, pois prefiro conviver com os três e os tenho como aquelas jóias raríssimas que não devem ficar guardadas em gavetas – gasto mesmo toda essa amizade em família.

Eu entrei na família por causa do casamento de Pepone com Rosilma, quando pude conhecer Bete – minha mulher e sobrinha queridíssima de Adilson, que foi a definitiva porta de entrada. Padrinho de casamento, em 1981 ele nos deu de presente a  hospedagem de lua-de-mel em um hotel cinco estrêlas em Campos do Jordão-SP, mas nos obrigou a retornar pelo Rio de Janeiro para um final de semana em Ipanema (devo revelar que Ipanema sempre foi o Rio de Janeiro para Adilson e, nas visitas ao Pão de Açúcar e Corcovado, fui eu que me virei para achar o caminho pois ele não sabia).
Lulu com Adilson Santos, no Corcovado, em 1985
Isso foi em 1985, quando partimos para o Rio de Janeiro em um Fiat 147, onde fomos especialmente participar de uma das suas tantas exposições.

Aqui em casa, nós temos nove quadros, sendo oito de Adilson e um de Roberto de Souza, amigo dele, que nos presenteou na viagem ao Rio de Janeiro. O mais importante é um que mostra a Igrejinha de Poções, duas escadas, uma galinha e a lua (leiam no livro o que cada elemento representa).

Além de apreciar a arte dele, apreciei também os seus carros. Bastava anunciar que estava vendendo e eu comprava (esse 147 foi um deles quando o modelo foi carro um dia na vida).

Sempre disse a Adilson que Raul Seixas se inspirou nele para escrever a música Sessão das Dez. Como se mudou de Conquista para o Rio, a letra de Raul era o retrato dele: "Ao chegar do interior, inocente puro e besta, fui morar em Ipanema, ver teatro, ver cinema, era a minha diversão".

No resumo final, em linhas bem traçadas, está a admiração por esse poçoense e o reconhecimento mais que pessoal pela sua arte e por colocar Poções no mundo como o berço de artistas de nível e reconhecida qualidade.


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