"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Caindo na cabeça


De São Luís, no Maranhão
Ontem, fui fazer fotos do centro histórico da cidade de São Luís. Passou um policial civil e me disse: - “Cuidado pra que essas casas velhas não caiam sobre a sua cabeça”, alegando que a culpa é do governo, que não faz nada. Quando soube que eu era baiano, perguntou: - “A situação na Bahia é a mesma, não é não?- "Bastante parecida!", respondi.

Mais adiante, enquanto fotografava um casarão, também deteriorado, passou uma senhora e disse: - “Essa casa aí é de um espanhol que comprou pra reformar. Já fazem quatro anos e o governo não permite”.
Casarão abandonado em São Luís - Maranhão
O governo, segundo os dois, chama-se IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que é uma autarquia vinculada ao Ministério da Cultura para a preservação também desses casarões dos centros históricos.

Já o jornal de hoje, aqui em São Luís, anuncia em primeira página que o Governo Federal, através dos recursos do PAC, vai reformar mais de 40 casarões no centro histórico dessa Capital.

Essa verba está mais que atrasada se tomarmos como comparação o estado dos prédios. A condição deles é, literalmente, tão "fértil" que a vegetação nasce espontaneamente nas paredes e telhados.
Casarão escorado na Conceição da Praia, em Salvador
Já o policial tem razão de perguntar pela Bahia, principalmente sobre os velhos casarões do nosso centro histórico de Salvador, escorados e esperando que as tragédias ocorram. Uma coisa é igual nos dois centros - a recomendação dos policiais de que devo me cuidar com o equipamento fotográfico para não ser roubado.

Enquanto as reformas não chegam, a história se perde na falta de competência e desqualificação dos nossos governantes.

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