"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A alegre tia Ilza

Fui na casa de tia Ilza Aragão Exler durante os dias do São João. Tinha prometido a Edson Jacaré essa visita durante a Festa do Divino. Uma ausência de quase 20 anos. Cumpri o prometido para a surpresa dele.

Mãe dos meus amigo(a)s -Edson Jacaré, Bete, Nane, Ito, Liu, Dudu e Zete - sempre foi o nosso porto seguro desde os tempos da casa da Clemente Freire, em Poções, quando estudávamos para as provas do curso do ginásio. Em Salvador, a frequência era no apartamento do Edifício Cidade de Saúde, bairro de Nazaré, na Renato Medrado, no Politeama, até chegar ao Edifício Três Irmãos, na Barra Avenida.

Quantos carnavais passamos lá, quantas feijoadas fez para aguentarmos os dias quentes do bloco Sniff e quantos conselhos nos deu. Com seus mais de oitenta anos, me recebeu no quintal do apartamento com lembranças dignas de uma memória de fazer inveja, lembrando de todas as épocas. Bete ajudava nas histórias e Jacaré fazia cara de desentendido e só lembrava quando era de "conveniência”.

Perguntou por todos da família, dos nossos amigos comuns e lembrava detalhes incríveis de Poções. Foi uma manhã muito prazeirosa e já sinto vontade de voltar lá.

O interessante da família Exler é que seu José, o patriarca alemão, quis colocar os nomes de todos os filhos começando com a letra E. Quase conseguiu. Nascidos nas regiões do Baixo Sul, Sul e Sudoeste da Bahia, eles tiveram os seus nomes de batismo: Edson, Elizabete, Erito, Eliana e Eduardo. Apenas um teve o registro com uma letra diferente porque o tabelião errou - colocou Ernani com H.

Enfim, registro a alegria de ter visitado minha tia Ilza. Continua um porto seguro no Porto da Barra.


Na foto de cima, o registro dos tempos de Poções - eu e Edson Jacaré (veja o Corcel I e o fusca de Fernandão Schettini ao fundo)
Na foto de baixo, manhã de sábado na casa de tia Ilza. Sentado, à esquerda, Alan Silva, irmão de Lourinho.

Comentários de Hernani Aragão Exler sobre a crônica
Oi Lulu. Muito obrigado pelo que você escreveu sobre minha mãe e nossa familia, do nosso tempo em Poções e aqui em Salvador. Realmente, ela sempre esteve com as portas abertas para as pessoas e, principalmente, o pessoal de Poções. Mãe até hoje gosta da casa cheia, de receber visitas e pode ter certeza que ela gostou muito da sua visita. Pode voltar quantas vezes quiser. Foi pena que eu não sabia que iria escrever sobre ela, senão teria te dado algumas fotos recentes do aniversário dela, junto com os filhos e netos. Teria lembrado do tempo de Poções, quando éramos ainda pré-adolescentes, principalmente o pessoal que estudava fora, ex. Miguel, Cesar  e outros que não me vêm na memória. Nas férias, juntava o grupo de rapazes e moças e quase todas as noites chegava na nossa casa e pedia "Tia Ilza me empresta a sala para a gente dançar ". Mãe empurava os móveis para os cantos e ligava a radiola e o pessoal dançava até a meia noite. Mãe sempre foi assim.  Lulu vou mostrar pra ela e mais uma vez muito obrigado e apareça. Ah,  já ia esquecendo, no dia 07/09  Edson, Lourinho, Minuca e Eu nos encontramos no Imbui e passamos o dia tomando cerveja  e conversando e ai surgiu a idéia de falar com vc, que tem os contatos de todo mundo para tentarmos fazer um Encontrão do pessoal de Poções, de 3 em 3 meses.

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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Às escuras...

Ando meio preguiçoso para escrever e colocar as “lembranças” atualizadas. São os afazeres do dia-a-dia que me deixam assim. Não é esquecimento.

Escrevi sobre o escuro, aquele que me dava medo. Mas, hoje, escrevo sobre o “bom escuro” de Poções, onde o jardim da praça era o ponto de partida.

Não estou falando da falta de energia. Falo das ruas escuras, afinal, Poções já era desenvolvida e a luz fornecida pela Hidrelétrica de Paulo Afonso. Ainda bem que os apagões já existiam.

Voltando ao ponto de partida, estávamos na praça, no Chamuscão, saindo do cinema ou batendo uma viola na praça. Na verdade, ouvindo uma viola, já que nunca tive afinidade com as cordas de um violão. Sabia que Canário era a marca de uma delas. Fora isso, três notas do Parabéns que Ruy (Budu) Sarno me ensinou.

Lá, pela meia-noite, batia uma fome e, depois das dez, não se achava nenhum lugar aberto a não ser se rolasse um sinuca no bar de Duca, no Gaivota, ou se Fidélis (esse não era da família Sarno) resolvesse fazer balanço na venda dos Guimarães, ao lado da Farmácia de Fábio. Um pedaço de jabá, uma lata de sardinha ou um kitute com farinha já dava pro gasto. Salgava a boca. Caia bem uma cachaça ou uma dose de martine (bianco), que eram as únicas companhias obrigatórias .

Mas não é só o que eu quero lembrar. Isso era na praça. O escuro era na rua de trás, na Olímpio Rolim, onde o namoro rolava solto. Do escuro do cinema direto para o escuro da OR. Um simples detalhe para despistar os pais que procuravam as filhas na praça.

Vez em quando, uma rês desgarrada voltava para a turma da viola, havia dado o tempo da namorada e ele voltava pra fazer hora. - E ai?, a gente perguntava. A resposta era um silêncio interminável e um sorriso de canto de boca, revelador, no mínimo.

Mais para adiante, os “namoros” avançados rolavam atrás da igrejinha ou no coreto. Aqueles que descolavam um carro iam para o campo de aviação, de faróis apagados para não dar na pinta.

No fundo, era só namoro e amizade, sem comentários.

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sábado, 1 de outubro de 2011

Reforma da Igrejinha de Poções

Foto: Fábio Lopes (www.uniaoperfeita.com)
Prezados,
Recebo o email abaixo do meu amigo Walter Gabriela solicitando ajuda para a conclusão da reforma da nossa igrejinha. Quem puder e quiser ajudar, segue o número da conta para o depósito das doações.
Contribua com qualquer valor.

Graça e Paz!

 Como é do seu conhecimento nossa linda Igrejinha está sendo restaurada e gostaríamos de contar com sua colaboração, tanto fazer sua doação, quanto estender para seus amigos e familiares nossos conterrâneos.

 Desde já agradecemos e pedimos ao nosso titular o Divino Espírito Santo que derrame bênçãos sobre você e toda sua família.

 Diaconia do Divino Espírito Santo.
  Diác. João Cambuí
  Walter Gabriela ( Coordenador da reforma)


Banco da Brasil
Conta corrente: 7813-1

Agência: 0556-8
Altamirando Ferreira Alves
Poções - Bahia