"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

De Carona com Lulu

Estava atualizando a conta de quanto já andei de carro, ônibus e avião. O resultado estimado é de 1.350.000 km. Significa dizer que é o correspondente a quase duas viagens à Lua ou 1.520 viagens entre Poções a Salvador, ida e volta, ou o mesmo que 34 voltas em redor da Terra.

Não é tanto, aproximadamente 44 mil km por ano trabalhado ou 120 km por dia.

Com essa quilometragem, com tanta gente que já viajou ao meu lado e que já ouviu as minhas histórias, comecei a escrever outras crônicas além da nossa querida Poções para transformá-las em um livro. Mas, enquanto se escreve, pensa-se no título. Eu tinha pensado no título em inglês – se chamaria “The Best” porque alguém brincou e disse: - O seu livro será The Best (erol).

Recentemente, durante uma viagem entre Poções e Salvador em companhia da minha irmã Elisa, contei tantas histórias que ela sugeriu um nome para o livro: “De Carona com Lulu”. Achei por bem colocar logo no blog, pois o livro é coisa que tem um longo prazo para ficar pronto. Por enquanto, o livro tem nome e algumas poucas histórias escritas - é o suficiente.

Mas, me lembrei de duas caronas que dei. A primeira, foi em companhia do meu amigo Jônatas Fagundes Ferreira - Jota. Viajei de Poções para Teixeira de Freitas e ele me pediu uma carona para Eunápolis, pois pretendia visitar Beto, filho de Vitinho Fotógrafo.

Quando chegamos em Itabuna, abasteci a camionete C10 em um posto ao lado da Estação Rodoviária. Dei partida e percebi que o motor falhava enquanto transitava por uma área esburacada. Jota resolve mexer com um cidadão que passava próximo à camionete e soltar uma piada pra cima dele. O carro falhou o motor. Tentava dar partida e nada. O cidadão, visivelmente chateado, percebeu a nossa dificuldade e veio em direção a Jota dizendo: Desça seu ... venha falar aqui, desça do carro!!!. Jota ficou vermelho, me olhava, levantava o vidro da porta e dizia: - Bota esse negócio para pegar... vamo tomar tapa.

O motor pegou quando faltava um metro para o cidadão abrir a porta. Nos divertimos muito depois que saímos do perigo.

A outra história de carona foi com meu amigo Lourival Manoel da Silva Filho – Lourinho, desta vez em um fusca modelo Fafá de Belém.

Paramos no Posto Pau de Vela para fazer um lanche, como era de costume nas viagens entre Poções e Salvador. Paguei a conta e fiquei conversando com o dono do Posto, que era cliente da empresa que eu trabalhava. Me deu vontade de tomar um café e pedi ao caixa que cobrasse separado. Tomei o cafezinho e fui para o carro. Sentei, de cabeça baixa anotava o consumo de combustível e falava para Lourinho: - Que cara sacana, outro dia o carro dele furou o radiador e dei socorro a uns 45 km de Salvador. Ele foi capaz de cobrar o cafezinho, que sujeito miserável!

Lourinho balbuciava: Lulu, você se arrombou, o cara tá bem aí do seu lado e deve ter escutado tudo o que você falou. Eu já estava mesmo na pior e esperava que um buraco se abrisse - não tive outro jeito a não ser emendar: - Também pudera! Todo mundo que passa aqui é amigo dele, se der cafezinho para cada um, imagine o tamanho do prejuízo.

O dono do posto comentou: - é isso mesmo, você tem razão!
para o meu alívio.

3 comentários:

  1. San,
    Só as historias que há no seu blog já dá alguns livros.....deixa de humilde e edita logo esse livro.
    Abs
    Sérgio Queiroz

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  2. San, voçe tem fotos do alexandre porfirio decada de 70 desfiles de 7 de setembro??bjs

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  3. Quase toma tapa, hein? rs. Ri um bocado!

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