Outros passam, olham e, na timidez, apenas balançam a cabeça como se estivesse dizendo boa tarde. Mas, Gaso Santana parou para dois minutos de prosa e Norbertin veio me vender uma rifa.
Tudo isso ao som de um chorinho tocado no alto-falante da cidade.
Vamos ao fato interessante. Fui parar na Fórmula 1 na companhia de nove colegas de trabalho. Ganhamos uma campanha de vendas promovida pela gigante das empilhadeiras, a Hyster. Quatro deles tentaram me seduzir para que abandonasse o treino de sábado para acompanhá-los até a famosa rua 25 de Março. “Meu, tô fora!!!”, como diz o paulistano. Aquilo lá é um inferno nos dias que antecedem o Natal.
Não tinha trezena de Santo Antônio ou novena do Divino que me fizesse ficar de fora do treino da F1. Eles foram por conta própria, sozinhos, seguindo o mapa que havia rascunhado em um guardanapo.
Já no início da tarde, em meio ao barulho dos carros, recebo uma ligação de Gilson Lopes, o cara de Sarney. Exaltado, dizia: San, fale aqui com um conterrâneo seu!
Fiquei apreensivo em saber quem poderia ser. Quem aqueles caras acharam? Estavam voltando em um taxi e naquela conversa de onde é, pra onde vai, rolou a identificação de serem todos baianos. E de onde você é? Prontamente respondeu: de Poções… me chamo Agripino!
Ficaram sobressaltados e para confirmar perguntaram se me conhecia. Claro que não. A segunda pergunta foi: E Tonhe Gordo, sabe quem é? Ele sabia.
Confirmação feita, veio a ligação e no meio do barulho pude identificar que era da família de Plínio Cunha e que vem sempre a Poções durante o Natal e Ano Novo.
Pense agora, no meio daquela imensidão que é São Paulo, você entrar em um taxi e encontrar um conterrâneo de um amigo que poderia estar ali naquele momento e por insistência ficou de fora dessa oportunidade.
Muita coincidência. E o cara de Sarney ainda teve a coragem de pedir para Agripino fazer a corrida de graça, por conta da coincidência.
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