De repente,
uma tempestade de cultura cai na nossa cidade, Poções.
Os
lançamentos dos livros de Affonso Manta e Adilson Santos coroam a cultura
poçõense em 2013. Talvez, nessa magnitude, coroem mais alguns anos pra trás e
pra frente.
Confesso que
foi uma semana muito emocionante pra mim. Na quarta feira, eu vi o trabalho de
Adilson transformado em um livro, da forma que consagra e perpetua um artista,
quando ele pode receber as homenagens que o reverenciam.
Acompanho-o
como parte da minha família. Irmão de pessoas fantásticas como o meu sogro
Valmir, de minha tia Dalva e dos falecidos Vandinho, Carlito, Alina e Dolores,
pessoas que eu tive a maior admiração,
respeito e amizade – e me adotaram como sobrinho, genro, amigo e
conterrâneo, é claro. A convivência com Seu Nenen (Mem Fernandes Santos
Freitas), o pai de Adilson, cuja história contei aqui mesmo no Blog pela
ocasião dos 100 anos de meu pai Chico, foi anterior e antes de conhecer a sua
neta. Então, resumindo, uma família tradicionalmente ligada a nossa Poções com
grande contribuição e participação na cultura musical.
Adilson no Carnaval de Poções, com os seus irmãos Carlito, Dalva e Dolores e a nossa família |
De graça,
também, a amizade de Vane, prima de Bete, casada com o meu primo Eduardo, pai
de Nessa. Pessoas que não tenho como ficar aqui elogiando e adjetivando, pois
prefiro conviver com os três e os tenho como aquelas jóias raríssimas que não
devem ficar guardadas em gavetas – gasto mesmo toda essa amizade em família.
Eu entrei na família por causa do casamento de
Pepone com Rosilma, quando pude conhecer Bete – minha mulher e sobrinha queridíssima
de Adilson, que foi a definitiva porta de entrada. Padrinho de casamento, em
1981 ele nos deu de presente a
hospedagem de lua-de-mel em um hotel cinco estrêlas em Campos do
Jordão-SP, mas nos obrigou a retornar pelo Rio de Janeiro para um final de
semana em Ipanema (devo revelar que Ipanema sempre foi o Rio de Janeiro para
Adilson e, nas visitas ao Pão de Açúcar e Corcovado, fui eu que me virei para
achar o caminho pois ele não sabia).
Isso foi em 1985, quando partimos para o Rio
de Janeiro em um Fiat 147, onde fomos especialmente participar de uma das suas
tantas exposições.
Lulu com Adilson Santos, no Corcovado, em 1985 |
Aqui em
casa, nós temos nove quadros, sendo oito de Adilson e um de Roberto de Souza,
amigo dele, que nos presenteou na viagem ao Rio de Janeiro. O mais importante é
um que mostra a Igrejinha de Poções, duas escadas, uma galinha e a lua (leiam
no livro o que cada elemento representa).
Além de
apreciar a arte dele, apreciei também os seus carros. Bastava anunciar que
estava vendendo e eu comprava (esse 147 foi um deles quando o modelo foi carro
um dia na vida).
Sempre disse a Adilson que Raul Seixas se inspirou nele para escrever a música Sessão das Dez. Como se mudou de Conquista para o Rio, a letra de Raul era o retrato dele: "Ao chegar do interior, inocente puro e besta, fui morar em Ipanema, ver teatro, ver cinema, era a minha diversão".
Sempre disse a Adilson que Raul Seixas se inspirou nele para escrever a música Sessão das Dez. Como se mudou de Conquista para o Rio, a letra de Raul era o retrato dele: "Ao chegar do interior, inocente puro e besta, fui morar em Ipanema, ver teatro, ver cinema, era a minha diversão".
No resumo
final, em linhas bem traçadas, está a admiração por esse poçoense e o
reconhecimento mais que pessoal pela sua arte e por colocar Poções no mundo
como o berço de artistas de nível e reconhecida qualidade.
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