Ontem, eu
almoçava com alguns colegas de trabalho, torcedores do Bahia, e falávamos de
Perivaldo da Pituba, aquele jogador, lateral do time, que recentemente foi mostrado
morando em Portugal.
Nenhum deles tinha visto Perivaldo jogar bola, descer pela
lateral esquerda acenando, pedindo o cruzamento e partindo pra cima. Eram
as marcas registradas do jogador nas tardes dos domingos na Fonte Nova.
Alguém quis
se lembrar do técnico da época e perguntou quem era o velhinho que treinava o
time. ...Titio Fantoni? perguntei e
reclamei: vocês são fracos de memória, talvez não se lembrem de Evaristo de Macêdo, Candinho, Joel Santana e …
Um deles,
sacou o telefone e foi pesquisar. Acabou dizendo: Não sei como as pessoas viviam sem smartfone – a gente sabe tudo na
hora!!!
Pra que essa pressa? perguntei. Você não chegará mais longe só por causa desse telefone.
Melhor foi ter
visto, ter vivido. Agora, me desculpem: vocês são uns torcedores de m…., não sabem a história
do time!
A sorte deles é esse tal de Smartfone e o tal
do facebook. Um para ajudar a lembrar e o outro para ser lembrado.
Lembrado é a
palavra correta, é verdade. Todo perfil de facebook já vem com a mesma foto que
vai ser utilizada no cemitério. Lá, as lápides mostram fotos das pessoas em
momentos felizes, sorrindo, iguaizinhas àquelas que a rede social já mostra (a
minha, por exemplo).
Com essa
mania de fotografia que vivo, algumas pessoas me pedem fotos e eu pergunto: Você
quer para facebook ou para a lápide do cemitério? A escolha é sua…
.
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