"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cabeça de Melão

De São Luís, no Maranhão
Na quarta feira passada, durante uma escala na cidade de Imperatriz, aqui no Maranhão, me lembrei da época em que eu rodava por essa região. Tentava me lembrar de alguns fatos e, de repente, me veio a imagem de Sérgio Queiróz, que tem o apelido de “Cabeça de Melão”. Ele havia morado naquela cidade por algum tempo. Sérgio também tem uma ligação com Poções por ser sobrinho do falecido Dr. Alcides Pinheiro dos Reis e ter visitado a nossa cidade desde pequeno.

A viagem continuou e cheguei a São Luis. No dia seguinte, no café, coloquei no prato duas grandes fatias de melão, daqueles quando estão amadurecendo. Sentei à mesa e toca o telefone – era Sérgio “Cabeça de Melão” para me contar que tinha participado de um encontro com outros amigos.

Comentei a coincidência com Luis Alberto, meu colega de trabalho, e aproveitei para contar as lembranças tidas na escala, em Imperatriz.

Em 1989, o Brasil começou com essa história de construir ferrovias e deixar o projeto pelo meio do caminho. Se construia a Ferrovia Norte Sul quando José Sarney era o presidente. A empresa que eu trabalhava, fornecia equipamentos e existia um grupo de pessoas dedicadas ao atendimento com base em Imperatriz. Da base de Salvador estavam: Sérgio Queiróz, que tinha montado residencia e levado a esposa Nádia e os dois filhos pequenos. Eu, José Carlos Boca de Timbau e Antério Oliveira éramos passantes. Também tinha Edmilson Graciano, outro colega piauíense.

Naquele sábado, estava organizado um churrasco com alguns engenheiros da obra com as suas famílias no hotel Anápolis. Fomos todos nós e ficamos aguardando os convidados. Não sei a razão, mas apareceu apenas um deles e ficou por pouco tempo.

Azar o dele, sorte a nossa. Passamos a beber a cerveja gelada para o churrasco. Das onze até as três da tarde, detonamos 360 cervejas long-neck. Virou, realmente, uma cachaçada. Fomos parar na sauna do hotel na tentativa de amenizar os efeitos do álcool.

Naqueles grandes degraus da sauna, cada um começou a fazer uma besteira, contar uma piada, etc. Antério estava tão “animado” que resolveu imitar a forma que um dos nossos chefes andava. Escorregou e bateu com a parte posterior da cabeça no degrau, abrindo um corte entre 5 a 6 centímetros. Ficamos preocupados mesmo sem grande sangramento.

Fomos a uma clínica para suturar o corte. Quando acabou, o médico que o acompanhava fez algumas pequenas recomendações para que não bebesse mais. Perguntamos quantos pontos Antério havia tomado e a resposta foi simples: 

- “Aqui eu estou acostumado a costurar facadas de mais de cem pontos, essas suturas pequenas a gente nem se lembra de contar. É café pequeno”.

 .

2 comentários:

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  2. Muitas lembranças de "Imperosa"!!! Não tenho saudades, até porque estou melhor hoje, mas boas lembranças. Gostaria de voltar lá.

    1 grande abraço

    Sérgio Queiroz

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