Poções entre as nuvens (Foto: Lulu Sangiovanni) |
Era dali que eu acompanhava os pequenos aviões quando
sobrevoavam a cidade antes dos pousos. Quando ouvia o barulho, subia as escadas correndo para ver as duas voltas de sobrevoo que o piloto fazia, primeiro para alinhar na reta final e, depois, pra avisar
que precisava de carona porque não existiam taxis na cidade. Uma boa quantidade de gente ia pra ver o avião e saber
quem era a autoridade que estava chegando na cidade.
O campo de aviação era ainda de terra. Um dia,
lembro de Dante Tortorelli, que pilotou um monomotor de um amigo dele. Deu algumas voltas sobre a cidade e pousou bem, apesar de tocar o trem de
pouso três vezes no solo antes de reverter as pás da hélice.
Enfim, o campo de aviação era um excelente passeio.
Serviu para as pessoas aprenderem a dirigir e, à noite, para namorar. Um grande
motel ao ar livre. No linguajar aeronáutico, ele é conhecido sob o prefixo mundial
de SNZP.
Estou lembrando dessas coisas depois do recente acidente em São Francisco, na Califórnia, onde os meus primeiros voos aconteceram ali. Levantava voo naquela pista do acidente e pousava no aeroporto de Santa Clara, em Palo
Alto, ao sul de São Francisco. Gostava de pilotar um bimotor Cessna 310B, que levei quinze dias
só para aprender a ligar os motores.
Outro dia, aqui em casa, no dia que conheci o meu amigo Israel Kalil, ele me perguntou o
que fazia na vida. Contei que pilotava aviões na Califórnia. Tomou um susto e achou
estranho, pois era responsável pela base de abastecimentos de aeronaves, aqui
em Salvador, e nunca tinha me visto no aeroporto.
Entre um detalhe e outro, descobriu que eu pilotava em programas de simulador aéreo. Empolgado, tem como hobby esse tipo de voo, Israel instalou o Flight Simulator no meu computador, me deu um manche novo, possibilitou fazer voos em aeronaves maiores e mais complexas, o que me obrigou a estudar mais detalhadamente os comandos e a programar rotas por GPS. Aprendi a pousar por ILS, que é o sistema de aproximação mais seguro, que utiliza sinais de rádios enviados da cabeceira da pista.
Entre um detalhe e outro, descobriu que eu pilotava em programas de simulador aéreo. Empolgado, tem como hobby esse tipo de voo, Israel instalou o Flight Simulator no meu computador, me deu um manche novo, possibilitou fazer voos em aeronaves maiores e mais complexas, o que me obrigou a estudar mais detalhadamente os comandos e a programar rotas por GPS. Aprendi a pousar por ILS, que é o sistema de aproximação mais seguro, que utiliza sinais de rádios enviados da cabeceira da pista.
Pousando com o 737-400, em Viracopos - Campinas, por ILS, no Flight Simulator |
E ainda tenho uns amigos que me perguntam: - E se o piloto desmaiar, você tem coragem de colocar o avião no chão? Eu respondo: - Não precisa, tem o co-piloto.
.
Tenho duas pessoas que sempre lembro quando ouço falar sobre aviões. Vc e Quele, uma ex-colega aqui da Motiva que está estudando para ser comissária.A empolgação quando se fala no assunto é a mesma!
ResponderExcluirA propósito, você já converteu a quantidade de horas/vôo e km percorrido? Quantas viagens até a lua? Sei que agora vc deve viajar muito mais de avião do que de carro, nem que seja pelo simulador.
Abraço,
Pinduca.