O réveillon era muito concorrido e tinha a participação de
famílias inteiras distribuídas pelas mesas numeradas, reservadas ou vendidas
com bastante antecedência. Essa coisa de ceia nas casas era
apenas para aquelas famílias que não frequentavam as festas do clube de forma
alguma. A grande maioria estava presente na festa desde as vinte e duas horas.
Meia noite em ponto, a banda anunciava a passagem do ano e
todos se cumprimentavam, ficando uma metade da hora só para isso. Eram
cumprimentos respeitosos, sinceros e tradicionais. Naturalmente, a gente
atrasava o convite da dança para poder cumprimentar um amigo ou uma família
inteira – dançar era secundário.
Depois dos cumprimentos, sempre rolava uma galinha assada que
as pessoas levavam e colocavam sobre as mesas, enroladas em papel celofane
vermelho. Uma ação natural - era permitida e de bom costume. O bar do clube
apenas fornecia bebidas, mas não impedia que o seu associado levasse para a
mesa a garrafa (ou as garrafas) de uísque NatuNobilis, Passport, Old Eight ou
Bell´s, os mais comuns, e aquela velha Sidra Cereser. Cerveja e refrigerantes
complementavam as variedades de bebidas.
Um grande festa que rolava até o amanhecer do dia.
Geralmente, via de regra, o réveillon não tinha as famosas brigas do clube
devido ao espírito de paz que a própria festa trazia.
No dia seguinte, era famoso o almoço das famílias. Um
encontro para saudar o novo ano e reunir aqueles que não estavam na festa.
Um grande abraço e Feliz 2013 com ares dos anos 70.