Agora mesmo, acabo de assistir ao jogo entre o Itabuna e o Bahia (3x4). Quem entende um mínimo de futebol viu que o juiz favoreceu ao time da capital e o Itabuna perdeu nos seus próprios domínios.
Vou mais longe. Em abril de 2007, eu vi o Poções ser garfado na Fonte Nova com um gol claríssimo não validado pelo trio de arbitragem (Gleidson Oliveira e os bandeirinhas Marcos Welb Amorim e Antônio César Brasileiro Oliveira).
No cai-cai, primeiro foi o Juazeiro, depois o Poções e, na sequencia, o Ipitanga, que optou jogar em Senhor do Bonfim. No jogo de acesso à primeira divisão, o Guanambi já tentou duas vezes e se formou uma “lambança” porque o time ganhou por mais de dez de um time de cachaceiros que foi jogar a partida final do acesso.
É facil entender. Todos os times que caem ou querem subir são distantes da capital. A imprensa que faz a cobertura funciona assim: a TV transmite de dentro do estúdio; o jornal faz a reportagem a partir das informações do rádio e da TV; Sobra, portanto, para o pessoal do rádio que tem que ir para o estádio narrar o jogo. Portanto, esse pessoal faz tudo para que somente os times próximos à capital permaneçam. Daqui, eu ouvia os comentários maldosos em todos os inícios de transmissões esportivas em Poções. Se queixavam de tudo: do ônibus, do tempo de viagem, do hotel, da comida, da cabine, da buzina que tocava na arquibancada e por aí vai.
Os trios de arbitragem saem de Salvador e são os que viajam e agem iguais ao radialistas. Na dúvida, apitam para o time da capital.
A Federação nunca mudou a tabela. É feita para beneficiar os times de Bahia e Vitória. Todas as partidas decisivas do Poções sempre foram transferidas para outros domínios, longe da sua torcida.
A Bahia tem mais de 417 municípios e representados apenas por 7 deles. Dos doze times que disputam, sete estão localizados em um raio de até 100 km. O lógico seria um grande campeonato com grupos regionais. Se os raciocínios são corretos, o fim é totalmente previsível.
Pobre futebol baiano. Pobre Poções. Pobre torcedor…
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