"Se chorei ou se sorri, o importante é que em Poções eu vivi"

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O fim do Poções

Leio no Portal Poções que o time do Poções está prestes a se acabar. Pelo que está escrito, a culpa é do prefeito Luciano. Não entro nessa perrenga política e tenho cá as minhas convicções pelo que acompanho do futebol baiano. Também, não entro na avaliação dos dirigentes, mas acho que estes são os principais responsáveis. Saudades do tempo de Pedro Sibim.

Agora mesmo, acabo de assistir ao jogo entre o Itabuna e o Bahia (3x4). Quem entende um mínimo de futebol viu que o juiz favoreceu ao time da capital e o Itabuna perdeu nos seus próprios domínios.

Vou mais longe. Em abril de 2007, eu vi o Poções ser garfado na Fonte Nova com um gol claríssimo não validado pelo trio de arbitragem (Gleidson Oliveira e os bandeirinhas Marcos Welb Amorim e Antônio César Brasileiro Oliveira).

No cai-cai, primeiro foi o Juazeiro, depois o Poções e, na sequencia, o Ipitanga, que optou jogar em Senhor do Bonfim. No jogo de acesso à primeira divisão, o Guanambi já tentou duas vezes e se formou uma “lambança” porque o time ganhou por mais de dez de um time de cachaceiros que foi jogar a partida final do acesso.

É facil entender. Todos os times que caem ou querem subir são distantes da capital. A imprensa que faz a cobertura funciona assim: a TV transmite de dentro do estúdio; o jornal faz a reportagem a partir das informações do rádio e da TV; Sobra, portanto, para o pessoal do rádio que tem que ir para o estádio narrar o jogo. Portanto, esse pessoal faz tudo para que somente os times próximos à capital permaneçam. Daqui, eu ouvia os comentários maldosos em todos os inícios de transmissões esportivas em Poções. Se queixavam de tudo: do ônibus, do tempo de viagem, do hotel, da comida, da cabine, da buzina que tocava na arquibancada e por aí vai.

Os trios de arbitragem saem de Salvador e são os que viajam e agem iguais ao radialistas. Na dúvida, apitam para o time da capital.

A Federação nunca mudou a tabela. É feita para beneficiar os times de Bahia e Vitória. Todas as partidas decisivas do Poções sempre foram transferidas para outros domínios, longe da sua torcida.

 A Bahia tem mais de 417 municípios e representados apenas por 7 deles. Dos doze times que disputam, sete estão localizados em um raio de até 100 km. O lógico seria um grande campeonato com grupos regionais. Se os raciocínios são corretos, o fim é totalmente previsível.

Pobre futebol baiano. Pobre Poções. Pobre torcedor…

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