Os antigos bares montados a meio metro do chão deram lugar aos megas camarotes. Os espaços da área foram totalmente loteados. Um dos donos do espaço é a Brahma, que inovou com mijadores centralizados montados em containers, longes do circuito. Sumiram com os banheiros químicos, aqueles de PVC. O cara bebe a cerveja, brinca e na hora de mijar, tem que fazer no muro. Aí, passa a PM e distribui “fanta” nos mijões. O povo não tem vez, ou mija ou apanha. A rua é um mijódromo e poças do líquido estão espalhadas em toda parte.
Daqui, da janela da minha casa, enxergo o estacionamento de carros rebocados pela Transalvador. Não cabe mais nenhum e eles ainda insistem em trazer mais. Não existe local para estacionar nas ruas. Alguns poucos meio-fios são disputados a R$ 15,00 por cartela. Quem achar outro local para estacionar, acaba voltando a pé para casa, pois a “Transjoão” resolve atuar nas madrugadas do Carnaval. As três da manhã, a Centenário estava travada por causa do excesso de falta de planejamento e desorganização.
Falar em voltar a pé, os táxis não andam em percursos que lhes dêem pouco dinheiro. Nem te dão atenção. Cresce a quantidade de mototáxis no circuito e a região vira um inferno, sem tamanho.
Para entrar ou sair dalí, circula-se entre mijo, caixas de isopor e fogareiros com espetinhos de gato. Não se criam os corredores para o povo.
A PM anda bem pela multidão e dá empurrões mesmo quando escolta foliões de camarotes – turistas na maioria, é claro, por uma questão de marketing. Para dar segurança a poucos, ela maltrata outros tantos. Os seguranças particulares estão em toda parte. São uns guarda-roupas abertos e a regra é empurrar.
Ontem mesmo, tanto a PM quanto esses seguranças formaram um aparato tão grande para transportar uma "celebridade" que pensei ser o presidente Obama. Era tanto empurrão no povo que chamou a atenção. Perguntei quem era e me disseram: É Deni, é Deni da Timbalada...
Muito prazer!
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