Entre as notícias tristes dos amigos que se vão, recebo um belo poema em homenagem a Poções, escrito por Miguel França Sampaio (Guel Brasil).
Guel Brasil nasceu e foi criado em Poções. É poeta, escritor, cordelista, cronista e contador de histórias. Publica seus trabalhos no site www.celeirodeescritores.org e ocupa uma cadeira na Associação Cultural Literatura no Brasil. Atualmente reside em Suzano – SP.
Obrigado Guel pelo envio do poema:
Poções.
Guel Brasil.
Poções, oh minha terra querida
Berço adorado que me viu nascer,
Cresci em tuas ruas ainda poeirentas
Brincando com os meninos que eu vi crescer.
Destes, muitas lembranças tenho...
Guardadas em meu álbum de memórias,
Pensamentos que me torturam a alma
Como quem volta da guerra sem vitórias.
Quero lembrar de ti sempre em sorrisos
Das congadas do Divino em procissão,
Dos festejos na praça do coreto
E das prendas cantadas no leilão.
Das fogueiras ardendo em noites claras
Com teu povo nos festejos de São João,
Quisera eu ter na morte o teu abraço
Quisera eu ser parte do teu chão.
Meu sonho é ver-te novamente;
Nem que seja por um pouco só,
Morrer longe de ti querida terra
Não existe um desafeto maior.
terça-feira, 22 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Rômulo Schettini - Rominho
Recebo a notícia do falecimento precoce de Rômulo Schettini, Rominho, ocorrido ontem (16), na cidade de Feira de Santana, vítima de infarto. Residia em Itapetinga e foi sepultado em Poções.
Esteve na última Festa do Divino e, com ele, formamos um grupo divertido, lembrando as histórias de Poções, gerando uma das crônicas publicadas neste blog.
Era irmão de Benito, Romano, Fernando Ruggiero, Rodolfo, Humberto, Terezinha, Ítalo, Giuseppina e Rêmulo, filhos de José Schettini, um dos bravos italianos que ajudaram no crescimento da cidade.
Mais uma tristeza para Poções, principalmente para a Rua da Itália, onde nasceu e se criou.
Esteve na última Festa do Divino e, com ele, formamos um grupo divertido, lembrando as histórias de Poções, gerando uma das crônicas publicadas neste blog.
Era irmão de Benito, Romano, Fernando Ruggiero, Rodolfo, Humberto, Terezinha, Ítalo, Giuseppina e Rêmulo, filhos de José Schettini, um dos bravos italianos que ajudaram no crescimento da cidade.
Mais uma tristeza para Poções, principalmente para a Rua da Itália, onde nasceu e se criou.
A Copa de 1970 - ao vivo, na ABC
Estava assistindo ao magro 2 a 1 da Seleção Brasileira sobre a fraca Coréia na televisão, com o radinho do celular colado ao ouvido. Depois de tantos anos, ainda há um atraso entre a imagem e o som do rádio. Lógico que a onda chega primeiro que a imagem. Maicon nem tinha sido lançado e o rádio já gritava gol.
Não tive outra reação senão gritar gol. O pessoal quase me mata, queria me tomar o rádio, dizia que estava tirando a sensação de ver o jogo na televisão. Parei com as reações em tempo normal, enquanto ficava observando os atrasados nas reações de gol, quando já sabia que era escanteio.
Me deu saudade de um grande sofá branco que tinha na nossa casa, em Poções. Sentado, ali, eu já havia visto o primeiro homem pisar na lua em 1969. No mesmo ano, estreando uma TV ABC, novinha, a novela "Sangue do Meu Sangue", com Nicete Bruno, Tônia Carrero, Francisco Cuoco, Fernanda Montenegro e tantos outros bons atores.
A TV era em preto e branco. Assistimos à Copa de 70 no México. Apesar das imagens chegarem através de repetidoras, não havia esse atraso todo de hoje. Dava para ouvir Valdir Amaral no rádio e acompanhar a movimentação dos dois times. De vez em quando, girava um botão de sintonia fina que ficava junto ao giratório dos canais. Vez ou outra, para melhorar a imagem, dava uma viradinha na antena pé de galinha, presa na ponta de dois canos de 6 metros cada, equilibrando-se do vento amarrada a arames torcidos. A imagem era muito longe dos canais normais de hoje, sem qualquer comparação com as HD´s.
Mas, assistíamos a tudo que passava na televisão. Era a primeira Copa ao vivo em Poções.
Final da tarde de 21 de junho de 1970, quando veio o tri sobre a Itália (4x1), a população estava comemorando na praça. Fizeram uma passeata em direção a porta da nossa casa, na Rua da Itália, na tentativa de intimidar meu pai e outros tios e amigos italianos moradores que assistiram ao jogo com a gente. No início, houve certo receio de acontecer alguma reação mais calorosa. Mas, Chico, meu pai, naquela tranquilidade peculiar, já saiu na varanda aplaudindo aos vitoriosos que estavam com as bandeiras. Em seguida vieram os outros tios repetindo o mesmo gesto.
O que se imaginava um confronto, tornou-se uma cena de respeito de ambos os lados. Os aplausos vinham dos vitoriosos e dos perdedores, selando aquele momento. Afinal, estavam todos na Rua da Itália.
Essa coisa de torcer pela Itália e torcer pelo Brasil sempre foi muito natural na nossa casa. É um confronto difícil de evitar nas copas do mundo, porém traumáticos. Além dos 4x1 do México, tivemos em 1978, na Argentina, a decisão do terceiro lugar onde o Brasil ganhou de 2x1.
Depois, foi meio que a forra de meu pai, quando em 1982 tomamos aquele “vareio” de Paulo Rossi (3x2) e a melhor seleção de todos os tempos voltou para casa.
Já em 1994, Baggio deu mole e nós trouxemos o tetra.
Para essa Copa, Força Brasil, Forza Azzurra!!!
Não tive outra reação senão gritar gol. O pessoal quase me mata, queria me tomar o rádio, dizia que estava tirando a sensação de ver o jogo na televisão. Parei com as reações em tempo normal, enquanto ficava observando os atrasados nas reações de gol, quando já sabia que era escanteio.
Me deu saudade de um grande sofá branco que tinha na nossa casa, em Poções. Sentado, ali, eu já havia visto o primeiro homem pisar na lua em 1969. No mesmo ano, estreando uma TV ABC, novinha, a novela "Sangue do Meu Sangue", com Nicete Bruno, Tônia Carrero, Francisco Cuoco, Fernanda Montenegro e tantos outros bons atores.
A TV era em preto e branco. Assistimos à Copa de 70 no México. Apesar das imagens chegarem através de repetidoras, não havia esse atraso todo de hoje. Dava para ouvir Valdir Amaral no rádio e acompanhar a movimentação dos dois times. De vez em quando, girava um botão de sintonia fina que ficava junto ao giratório dos canais. Vez ou outra, para melhorar a imagem, dava uma viradinha na antena pé de galinha, presa na ponta de dois canos de 6 metros cada, equilibrando-se do vento amarrada a arames torcidos. A imagem era muito longe dos canais normais de hoje, sem qualquer comparação com as HD´s.
Mas, assistíamos a tudo que passava na televisão. Era a primeira Copa ao vivo em Poções.
Final da tarde de 21 de junho de 1970, quando veio o tri sobre a Itália (4x1), a população estava comemorando na praça. Fizeram uma passeata em direção a porta da nossa casa, na Rua da Itália, na tentativa de intimidar meu pai e outros tios e amigos italianos moradores que assistiram ao jogo com a gente. No início, houve certo receio de acontecer alguma reação mais calorosa. Mas, Chico, meu pai, naquela tranquilidade peculiar, já saiu na varanda aplaudindo aos vitoriosos que estavam com as bandeiras. Em seguida vieram os outros tios repetindo o mesmo gesto.
O que se imaginava um confronto, tornou-se uma cena de respeito de ambos os lados. Os aplausos vinham dos vitoriosos e dos perdedores, selando aquele momento. Afinal, estavam todos na Rua da Itália.
Essa coisa de torcer pela Itália e torcer pelo Brasil sempre foi muito natural na nossa casa. É um confronto difícil de evitar nas copas do mundo, porém traumáticos. Além dos 4x1 do México, tivemos em 1978, na Argentina, a decisão do terceiro lugar onde o Brasil ganhou de 2x1.
Depois, foi meio que a forra de meu pai, quando em 1982 tomamos aquele “vareio” de Paulo Rossi (3x2) e a melhor seleção de todos os tempos voltou para casa.
Já em 1994, Baggio deu mole e nós trouxemos o tetra.
Para essa Copa, Força Brasil, Forza Azzurra!!!
sábado, 12 de junho de 2010
Portugal do penteado afetado
Por Vitor Rocha, direto de Joanesburgo, http://makarapa.atarde.com.br/
8 de junho de 2010
Portugal, terceiro adversário do Brasil, ganhou de 3 a 0 de Moçambique, no último amistoso antes da Copa, nesta terça-feira (8).
O resultado pouco importa, por se tratar de treinamento. Mas é bom observar.
O time joga no antigo sistema de dois pontas-de-lança: Simão, jogador muito técnico, e Cristiano Ronaldo, que dispensa apresentação.
Como atacante de área, o baiano Liedson, lançado ao futebol no Poções, time de um dos maiores defensores da cidade, Luiz Sangiovanni.
Sem chances na seleção brasileira, ele, Liedson, e não Sangiovanni, que prefere as luvas, resolveu se naturalizar lusitano. Quer agora mostrar seu valor.
No meio, dois homens criativos. O também brasileiro Deco, que teria uma vaga na seleção de Dunga (prefiro ele a Elano, mas seria reserva de Daniel Alves), e o 10 Danny, que chega bem ao ataque.
O importante meia-atacante Nani, do Manchester United, foi cortado depois de problema na clavícula. Seria dele uma vaga.
Não gosto do sistema de pontas, apesar de ser bonito de se ver. O jogo fica mais franco, mas os riscos defensivos triplicam.
Também estranho os penteados afetados dos jogadores de Portugal. Até Liedson aderiu ao gel. Por vezes o futebol fica igual aos cabelos.
Com um só “trinco”, como os portugueses chamam o frente de zaga ou primeiro volante, fica difícil se defender.
E aí está o grande pecado português que Felipão, como excelente técnico, mas péssimo ex-zagueiro, revolvia colocando mais um meia defensivo.
Me preocupa a ação ofensiva de Cristiano Ronaldo sobre Michel Bastos. Oxalá Felipe Melo faça as pazes com a bola até lá.
8 de junho de 2010
Portugal, terceiro adversário do Brasil, ganhou de 3 a 0 de Moçambique, no último amistoso antes da Copa, nesta terça-feira (8).
O resultado pouco importa, por se tratar de treinamento. Mas é bom observar.
O time joga no antigo sistema de dois pontas-de-lança: Simão, jogador muito técnico, e Cristiano Ronaldo, que dispensa apresentação.
Como atacante de área, o baiano Liedson, lançado ao futebol no Poções, time de um dos maiores defensores da cidade, Luiz Sangiovanni.
Sem chances na seleção brasileira, ele, Liedson, e não Sangiovanni, que prefere as luvas, resolveu se naturalizar lusitano. Quer agora mostrar seu valor.
No meio, dois homens criativos. O também brasileiro Deco, que teria uma vaga na seleção de Dunga (prefiro ele a Elano, mas seria reserva de Daniel Alves), e o 10 Danny, que chega bem ao ataque.
O importante meia-atacante Nani, do Manchester United, foi cortado depois de problema na clavícula. Seria dele uma vaga.
Não gosto do sistema de pontas, apesar de ser bonito de se ver. O jogo fica mais franco, mas os riscos defensivos triplicam.
Também estranho os penteados afetados dos jogadores de Portugal. Até Liedson aderiu ao gel. Por vezes o futebol fica igual aos cabelos.
Com um só “trinco”, como os portugueses chamam o frente de zaga ou primeiro volante, fica difícil se defender.
E aí está o grande pecado português que Felipão, como excelente técnico, mas péssimo ex-zagueiro, revolvia colocando mais um meia defensivo.
Me preocupa a ação ofensiva de Cristiano Ronaldo sobre Michel Bastos. Oxalá Felipe Melo faça as pazes com a bola até lá.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Mufula - Poções Minhas Veredas
“Eu nasi na caatinga, i mi criei lá na mata
Usanu pracata di coro di boi,
Eu era piqueno mais já trabaiava
Na roça eu prantava, féjão e repoi”
(trecho da poesia Sodade do meu Turrão)
Quem chegar em Poções e procurar por Gildásio Campos Caetité, ninguém vai saber quem é. Mas, procure por Mufula e todo mundo sabe onde encontrá-lo. Aliás, não precisa procurar que logo aparece.
Na praça da Festa, em menos de 10 minutos, chegou com uma bolsa a tiracolo carregando o seu livro de poemas Poções Minhas Veredas, lançado oficialmente no ano passado. Sua felicidade irradiava, dedicando um exemplar para cada amigo.
Eu acho que Mufula se confunde com a pomba do Divino Espírito Santo. É uma pomba sertaneja, difícil espécie nos dias de hoje. Se mudou para a cidade, mas nunca perdeu as suas características e identificação com o homem da roça.
É uma pomba poeta! Assim eu resumo o meu amigo irmão Mufula. Velho companheiro de tantas Festas do Divino e de muitas boas horas de conversas. Não me lembro da ausência de Mufula em qualquer ano.
Ele apresentava o programa Amanhecer no Sertão, na rádio Povo de Poções, e muitas vezes falamos ao vivo, via telefone. Quando estava em Poções, a minha presença era constante para visitá-lo e falar de assuntos diversos. Aqui em Salvador, eu acompanhava o programa pela internet, quando o serviço da rádio funcionava e permitia.
Por razões diversas, deixei de ouvir o programa por mais de 6 meses. Acordar no sábado cedo não é fácil. Mas, um dia, deu vontade de ouvir o programa e estava praticamente de saída. Restavam dez minutos. Liguei o computador e acessei o site. Exatamente nessa hora, lá estava Mufula dizendo: - Vou ali comer uma melancia frita e volto já, mas antes quero mandar um abraço para esse povão espalhado no Brasil, sintonizado na internet, especialmente para o meu amigo fulano (era de São Paulo, não me lembro o nome) e para Lulu, aí em Salvador, ligado no programa ouvindo a gente.
Fiquei impressionado pela coincidência do fato e emocionado por saber que as pessoas, mesmo distantes, pensam em você.
Foi uma lembrança especial, de verdade. Se tratando de rádio, foi uma sintonia perfeita, literalmente.
Só tenho que parabenizar pelo seu livro especial, batizado aqui pela minha filha de “o livro escrito com o dialeto brasileiro”. Na verdade, o dialeto poçõense.
“Ser poeta é uma virtude, fazer poesia é uma arte”
Usanu pracata di coro di boi,
Eu era piqueno mais já trabaiava
Na roça eu prantava, féjão e repoi”
(trecho da poesia Sodade do meu Turrão)
Quem chegar em Poções e procurar por Gildásio Campos Caetité, ninguém vai saber quem é. Mas, procure por Mufula e todo mundo sabe onde encontrá-lo. Aliás, não precisa procurar que logo aparece.
Na praça da Festa, em menos de 10 minutos, chegou com uma bolsa a tiracolo carregando o seu livro de poemas Poções Minhas Veredas, lançado oficialmente no ano passado. Sua felicidade irradiava, dedicando um exemplar para cada amigo.
Eu acho que Mufula se confunde com a pomba do Divino Espírito Santo. É uma pomba sertaneja, difícil espécie nos dias de hoje. Se mudou para a cidade, mas nunca perdeu as suas características e identificação com o homem da roça.
É uma pomba poeta! Assim eu resumo o meu amigo irmão Mufula. Velho companheiro de tantas Festas do Divino e de muitas boas horas de conversas. Não me lembro da ausência de Mufula em qualquer ano.
Ele apresentava o programa Amanhecer no Sertão, na rádio Povo de Poções, e muitas vezes falamos ao vivo, via telefone. Quando estava em Poções, a minha presença era constante para visitá-lo e falar de assuntos diversos. Aqui em Salvador, eu acompanhava o programa pela internet, quando o serviço da rádio funcionava e permitia.
Por razões diversas, deixei de ouvir o programa por mais de 6 meses. Acordar no sábado cedo não é fácil. Mas, um dia, deu vontade de ouvir o programa e estava praticamente de saída. Restavam dez minutos. Liguei o computador e acessei o site. Exatamente nessa hora, lá estava Mufula dizendo: - Vou ali comer uma melancia frita e volto já, mas antes quero mandar um abraço para esse povão espalhado no Brasil, sintonizado na internet, especialmente para o meu amigo fulano (era de São Paulo, não me lembro o nome) e para Lulu, aí em Salvador, ligado no programa ouvindo a gente.
Fiquei impressionado pela coincidência do fato e emocionado por saber que as pessoas, mesmo distantes, pensam em você.
Foi uma lembrança especial, de verdade. Se tratando de rádio, foi uma sintonia perfeita, literalmente.
Só tenho que parabenizar pelo seu livro especial, batizado aqui pela minha filha de “o livro escrito com o dialeto brasileiro”. Na verdade, o dialeto poçõense.
“Ser poeta é uma virtude, fazer poesia é uma arte”
Sucesso, amigo!
terça-feira, 1 de junho de 2010
Festa do Divino - IECEM
Já passou da hora. Poções precisa ter um museu público.
A Mostra Cultural fez falta. As fotos de José Onildo também. Tivemos apenas o IECEM, como sempre, brilhando com uma mostra simples, trazendo o passado da nossa cidade.
Espero que na próxima Festa do Divino tenhamos mais atividades culturais e o Museu Municipal.
Aproveito a oportunidade para divulgar que o IECEM (Instituto Educacional Cecília Meireles) estará realizando o concurso de contos e poesias Prêmio Cecília Meireles de Literatura no dia 31 de julho de 2010. As inscrições estarão abertas até o dia 16 de julho na secretaria da instituição (fone 77-3431-1087).
A Mostra Cultural fez falta. As fotos de José Onildo também. Tivemos apenas o IECEM, como sempre, brilhando com uma mostra simples, trazendo o passado da nossa cidade.
Espero que na próxima Festa do Divino tenhamos mais atividades culturais e o Museu Municipal.
Aproveito a oportunidade para divulgar que o IECEM (Instituto Educacional Cecília Meireles) estará realizando o concurso de contos e poesias Prêmio Cecília Meireles de Literatura no dia 31 de julho de 2010. As inscrições estarão abertas até o dia 16 de julho na secretaria da instituição (fone 77-3431-1087).
Parabéns ao IECEM por nos permitir uma volta ao passado. O blog está à disposição para divulgar as suas iniciativas.
Uma oportunidade para a Filarmônica
As orquestras filarmônicas da Bahia vão receber do governo do Estado apoio para modernização e divulgação dos seus trabalhos, por intermédio do Programa Estadual de Apoio as Filarmônicas.
O anúncio feito na noite deste domingo (30), durante abertura do 4º Encontro Estadual de Gestores de Cultura, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Através da Secretaria de Cultura vão ser aplicados R$ 4 milhões para a compra e conserto de instrumentos e fardamentos, além da capacitação dos gestores, publicação de um catálogo de divulgação e um portal na internet.
Modernização
Segundo o secretário de Cultura, Márcio Meirelles, o programa chega com o intuito de modernizar e popularizar as filarmônicas. “Não estamos investindo apenas nos instrumentos, nós queremos trazer essas instituições, que são do fim do século 19 e início do século 20, para o século 21, com maior interação com a mídia, maior capacidade de captar recursos e renovação de seus repertórios”.
Ao todo devem ser beneficiadas 183 orquestras filarmônicas de 170 municípios, dos 26 territórios de identidade do estado. “Investir nas filarmônicas é investir numa ação social e cultural importantíssima para o desenvolvimento do estado. Estamos falando de cerca de 3 mil músicos e mais de 8 mil alunos de todas as idades. Pessoas que mesmo que não se tornem músicos, terão uma experiência única com a arte e a cidadania”, afirmou Meirelles.
O anúncio feito na noite deste domingo (30), durante abertura do 4º Encontro Estadual de Gestores de Cultura, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Através da Secretaria de Cultura vão ser aplicados R$ 4 milhões para a compra e conserto de instrumentos e fardamentos, além da capacitação dos gestores, publicação de um catálogo de divulgação e um portal na internet.
Modernização
Segundo o secretário de Cultura, Márcio Meirelles, o programa chega com o intuito de modernizar e popularizar as filarmônicas. “Não estamos investindo apenas nos instrumentos, nós queremos trazer essas instituições, que são do fim do século 19 e início do século 20, para o século 21, com maior interação com a mídia, maior capacidade de captar recursos e renovação de seus repertórios”.
Ao todo devem ser beneficiadas 183 orquestras filarmônicas de 170 municípios, dos 26 territórios de identidade do estado. “Investir nas filarmônicas é investir numa ação social e cultural importantíssima para o desenvolvimento do estado. Estamos falando de cerca de 3 mil músicos e mais de 8 mil alunos de todas as idades. Pessoas que mesmo que não se tornem músicos, terão uma experiência única com a arte e a cidadania”, afirmou Meirelles.
Festa do Divino - Bandeira Verde
A Festa desse ano foi melhor ou pior que a do ano passado?
Assisti a algumas filmagens da Festa feitas em 1988 e 1991 e as entrevistas eram com base na famosa pergunta acima.
Teve gente que achou melhor, outros culparam o plano Collor. O frio era o culpado pelo “menos” movimento. O parque era no meio da praça. O pavilhão fervilhava de gente.
Naquela época, as pessoas reclamavam dizendo que a Festa já estava descaracterizada. Não se conseguia repetir o sucesso do ano anterior.
Em 2010, 22 anos depois, portanto, o papo ainda é o mesmo. O poder de comparação é evidente. Os sites de notícias da cidade dão idéia da evolução da Festa.
Não vou reclamar. Achei a Festa muito boa. Só não posso dizer que foi melhor que o ano passado porque não estava lá. Foi um festão para o povo. Não posso mais reivindicar uma festa para os mais velhos, mas reivindico uma programação para os mais velhos na tarde do sábado, quando todo mundo que planeja ir à Festa aparece na Praça.
As duas maiores oposições também não podem reclamar: A Igreja estava lotada, ninguém podia entrar. A praça estava entupida. O Mastro foi mais fraquinho, a Chegada das Bandeiras foi muito bonita e a rua cheia de gente. Até teve político demais. Estava no cavalo ao lado de André da Ótica e ele esperava contabilizar um bom movimento do comércio local. A polêmica do parque no centro da cidade vai continuar. Os bares e restaurantes estavam lotados. A onda Daniel invadiu a cidade – o centro engarrafou. Até São Pedro ajudou – não choveu e nem fez frio!
Tem quem reclame da falta de distribuição da renda da Festa, que o dinheiro vai todo embora da cidade. Tem gente torcendo para que os músicos locais recebam os seus cachês logo. Ouvi alguém dizer: - Vocês de Salvador só fazem cobrar. Tem tanta gente famosa, são incapazes de ajudar e só aparecem na Festa para reclamar.
Já que eu não vou reclamar, vou apenas lembrar que o time do Poções está esquecido e precisava um pouquinho desse dinheiro federal. Alguns banheiros químicos quebrariam o galho de muita gente. Mas não esqueçam no próximo ano de reservarem uma área “preferencial para idosos” na Praça ou nas barracas. Quanta gente boa da velha guarda estava presente.
Poções merece a melhor união de vocês, autoridades civis, militares e eclesiásticas (como dizia o nosso Chico Paradella) para decidirem o futuro da nossa Festa.
Tudo isso aí é muito bonito! Não deixem as tradições se acabarem.
Assisti a algumas filmagens da Festa feitas em 1988 e 1991 e as entrevistas eram com base na famosa pergunta acima.
Teve gente que achou melhor, outros culparam o plano Collor. O frio era o culpado pelo “menos” movimento. O parque era no meio da praça. O pavilhão fervilhava de gente.
Naquela época, as pessoas reclamavam dizendo que a Festa já estava descaracterizada. Não se conseguia repetir o sucesso do ano anterior.
Em 2010, 22 anos depois, portanto, o papo ainda é o mesmo. O poder de comparação é evidente. Os sites de notícias da cidade dão idéia da evolução da Festa.
Não vou reclamar. Achei a Festa muito boa. Só não posso dizer que foi melhor que o ano passado porque não estava lá. Foi um festão para o povo. Não posso mais reivindicar uma festa para os mais velhos, mas reivindico uma programação para os mais velhos na tarde do sábado, quando todo mundo que planeja ir à Festa aparece na Praça.
As duas maiores oposições também não podem reclamar: A Igreja estava lotada, ninguém podia entrar. A praça estava entupida. O Mastro foi mais fraquinho, a Chegada das Bandeiras foi muito bonita e a rua cheia de gente. Até teve político demais. Estava no cavalo ao lado de André da Ótica e ele esperava contabilizar um bom movimento do comércio local. A polêmica do parque no centro da cidade vai continuar. Os bares e restaurantes estavam lotados. A onda Daniel invadiu a cidade – o centro engarrafou. Até São Pedro ajudou – não choveu e nem fez frio!
Tem quem reclame da falta de distribuição da renda da Festa, que o dinheiro vai todo embora da cidade. Tem gente torcendo para que os músicos locais recebam os seus cachês logo. Ouvi alguém dizer: - Vocês de Salvador só fazem cobrar. Tem tanta gente famosa, são incapazes de ajudar e só aparecem na Festa para reclamar.
Já que eu não vou reclamar, vou apenas lembrar que o time do Poções está esquecido e precisava um pouquinho desse dinheiro federal. Alguns banheiros químicos quebrariam o galho de muita gente. Mas não esqueçam no próximo ano de reservarem uma área “preferencial para idosos” na Praça ou nas barracas. Quanta gente boa da velha guarda estava presente.
Poções merece a melhor união de vocês, autoridades civis, militares e eclesiásticas (como dizia o nosso Chico Paradella) para decidirem o futuro da nossa Festa.
Tudo isso aí é muito bonito! Não deixem as tradições se acabarem.
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