Por Elisa Maria Sangiovanni Lima
Hoje faria 100 anos!!!! Viveu até os 91. Aos 80, dizia que já estava no lucro, mas que queria viver a passagem do século.... Fico agora a me perguntar o que ele gostaria de viver depois dos 100? Com múltiplas habilidades se adaptaria a qualquer situação: criativo, inovador, responsável, companheiro, dedicado, alegre, feliz. Serviu a 2ª guerra, atravessou o oceano e aprendeu sempre com todas as suas experiências.
Com seu espírito
inventivo criava e consertava coisas e casos, histórias e
personagens.... orgulhava-se de dizer que ganhara uma viagem a Roma
por ter inventado uma máquina de secar a massa em um Pastifício que
trabalhava. Seus poucos anos de estudo não impediram de aprender
coisas novas, de tentar e fazer .... Certa feita fez uma máquina
para raspar os tacos de madeira do assoalho da sala, pois ele achava
um absurdo o esforço que Sr Nenen tinha cada vez que era chamado
para fazer este trabalho, precisavam ver a felicidade dele ao ligar
aquela “geringonça”. Consertar máquina de costura entre um e
outro cliente era a sua diversão, assim como confeccionar peças com
madeira, entre cortes e recortes, transformava a madeira velha em
novas peças.
Seu bom humor
fidelizava os seus clientes e com isto ele era o “Tio” da moçada
da cidade ... mais tarde, usava a bengala para fazer mágicas e
atrair as crianças, assim a bengala ganhava uma função mais nobre.
Ficava absorto
olhando o computador, querendo entender o que acontecia dentro
daquela máquina. Com certeza não deixaria de admirar as façanhas e
facilidades da internet para ajudá-lo a escrever suas longas cartas,
que às vezes não as colocava no correio.
Amante e amado
pela família, pelos amigos e pelas comunidades em que viveu, este
era o nosso Chico cujo nome original era Amedeo Giovanni Sebastiano
Sangiovanni, dizia ele de que era mais nome que gente..... acho que
por isso era conhecido simplesmente por Chico, mais gente do que
nome.
Saudades e ao
mesmo tempo um sentimento bom de poder recordar.
Parabéns meu
pai!
(Nota do Blog - Elisa escreveu o texto em 2013)